Prefeitura de São Paulo

“Nossa, que dor de garganta! Deve ser gripe.” Quantas vezes essa frase já não foi falada, ainda mais no inverno. O que pouca gente sabe é que essa dor parecida com um resfriado pode ser, na verdade, amigdalite.
Por isso, trouxemos a Dra. Fátima Regina de Abreu  Alves, Coordenadora da Clínica de Otorrinolaringologia do HSPM para nos explicar mais sobre o que é essa doença.

1) O que é a amigdalite?
A amigdalite é a inflamação das amígdalas, que são estruturas localizadas nas paredes laterais da porção posterior da garganta. Essas estruturas fazem parte do sistema imunológico e atuam na defesa do organismo.

2) Quais os sintomas?
Geralmente são: dor de garganta, dificuldade para engolir, mau hálito, placas de pus, febre, vermelhidão e inchaço das amígdalas, linfonodos (nódulos) inchados no pescoço, tosse, mal- estar.

3) Por que a amigdalite é muito confundida com a gripe?
Na verdade, a amigdalite pode ocorrer por conta da gripe. Como é uma inflamação, isso pode ter iniciado pela presença de um vírus. Chamamos de gripe normalmente o vírus Influenza, mas também existem outros como o rinovírus, adenovírus, parainfluenza.

4) Em quais casos a cirurgia é indicada?
A retirada das amígdalas só é aconselhada pelo médico em casos específicos, por exemplo, quando a pessoa tem muitos casos de reincidência de amigdalite, apresenta apneia do sono ou também dificuldade na ingestão de alimentos.

5) Qual a diferença entre amigdalite viral e bacteriana?
É difícil dizer a diferença já que os sintomas são muito parecidos. Mas, a tendência é que a viral seja mais branda do que a bacteriana e também dure menos. Na amigdalite bacteriana a dor é mais intensa, a febre é alta, com linfonodos inchados e ao exame observa-se pus nas amígdalas. 

6) Como é transmitida?
Principalmente por gotículas da saliva da pessoa contaminada, seja pelo ar ou por beijo, e também pela secreção nasal. Por isso é importante o uso de máscara nesse período.

7) Qual o tratamento?
Para a viral, não há um tratamento específico, geralmente é recomendado o uso de medicamentos para controlar os sintomas como febre e tosse. Já na bacteriana, é preciso entrar com o uso de antibióticos. Em ambos os casos é fundamental seguir a recomendação médica.