Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
Histórias de esperança e acolhimento marcam o Dia do Imigrante na SMADS

Por: Larissa Rodrigues
Celebrar o Dia do Imigrante é conhecer e reconhecer trajetórias de pessoas que buscam um recomeço e esperança ao escolherem o Brasil como seu novo lar. Somente no primeiro semestre deste ano, mais de 9 mil imigrantes foram atendidos na rede de serviços da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). Entre eles estão Milburga, Sara e Josefina.
Há mais de 40 anos no Brasil, Milburga Paclibar Alba, ou ‘Mili’ como prefere ser chamada, veio da Filipinas com o marido e três filhos. “Meu marido trabalhava em um Hotel, e o dono era casado com uma mulher filipina. Quando ela foi na nossa terra, ela conheceu o meu marido, e ela e o esposo convidaram o meu marido para trabalhar aqui em São Paulo. Me lembro de falar para ele - aceita, aceita, que eu quero viajar. Ele aceitou e viemos para cá.”
Foi já no Brasil que Mili teve o quarto filho e escreveu sua história. Hoje, com 85 anos, ela frequenta o Núcleo de Convivência para Idosos (NCI) Dom Hélder Câmara, localizado na Vila Marina, na zona norte. Mili frequenta o serviço desde 2015. “Minha amiga do Clube Bolsa D’Agua, me falou que estavam montando aqui um novo espaço e eu pensei, vou tentar. Aí quando cheguei aqui me senti feliz, pois, conheci pessoas muito legais”.
Mili Paclibar durante atividade do NCI Dom Hélder Câmara - Foto: Larissa Rodrigues/SMADS
Em 2024, mais de 12 mil imigrantes contaram com o apoio da Secretária. 4. 916 estiveram nos serviços de Proteção Social Básica enquanto, aproximadamente 7.400 deles foram acolhidos. Somente entre janeiro e maio de 2025, mais de 9 mil imigrantes foram atendidos pelos serviços da SMADS. Desse total, 4.555 foram acompanhados pelos serviços de Proteção Social Básica, enquanto outros 4.819 foram acolhidos em unidades da rede socioassistencial da Prefeitura de São Paulo.
Há pouco mais de 1 ano, Josefina Masamba Minos, 35, chegou ao Brasil vinda de Angola, grávida de quatro meses, deixando em sua terra natal o marido e quatro filhos em busca de melhores condições. “Eu sinto falta da minha família. Do meu marido, meus filhos. Dia 21 de junho meu outro bebê completou 6 anos e eu não pude estar com ele. Eu sinto falta, e principalmente por ser o dia do aniversário dele e a mãe não estar”. Ela conversa todos os dias com a família, que já está se organizando para vir ainda este ano ao Brasil.
Josefina conta os problemas enfrentados de sua chegada, até ser acolhida no Centro de Acolhida Especial (CAE) para Mulheres Hotel Borba: “Quando eu cheguei aqui, passei o primeiro dia no aeroporto e depois fui para uma igreja, onde me deram um lugar para ficar. No dia seguinte, dia 2 de abril, eu cheguei aqui e estou até hoje”. Ela compartilhou ainda como se sente amparada e segura no serviço “Eu não sinto falta de nada aqui. Tudo o que eu preciso ou quando sinto falta de alguma coisa para mim ou para o bebê, eu peço e eles procuram me ajudar. Aqui é mesmo uma casa para nós. Me sinto muito bem acolhida e a vontade aqui”.
Josefina Minos com o filho no CAE Mulheres Hotel Borba - Foto: Larissa Rodrigues/SMADS
A SMADS conta com cinco serviços que ofertam preferencialmente vagas para o acolhimento de imigrantes, ofertando 700 vagas, mas o acesso a todos os serviços da secretaria é livre e garantido.
Há 22 anos no Brasil, Sara Rocio Escobar Poma, 45, veio com o marido atrás de uma vida melhor. Natural da Bolívia, em São Paulo ela teve dois filhos e construiu a vida da família. Foi buscando melhores oportunidades de estudo para o filho de 20 anos, Edinilson German, que ela conheceu o Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo para Adolescentes, Jovens e Adultos (CEDESP) Dom Bosco.
“Eu sou costureira, só que por insistência do meu filho, eu vim. Eu não gostava da cozinha, mas vim para aprender a culinária do Brasil, e agora que o professor me ensinou eu gosto da cozinha, da mistura de cores e sabores, é uma paixão diferente”. Além do filho, Sara chegou ao CEDESP junto da filha, Rihanna Marisa Escobar, de 15 anos, que também descobriu no serviço sua vocação e já tem planos para o futuro “Eu quero fazer outros cursos aqui, para poder abrir uma empresa para a gente, para mim, para minha mãe e para o meu irmão. Porque a gente abrindo um restaurante, ia ficar perfeito”.
O sonho de um, se tornou sonho da família. Sara, hoje se sente realizada de compartilhar o sonho com os filhos de abrir o próprio restaurante.
Sara e os filhos na aula de gastronomia do CEDESP Dom Bosco - Foto: Larissa Rodrigues/SMADS
São histórias como essas que representam milhares de outras existentes na cidade de São Paulo. Neste 25 de junho, Dia do Imigrante, reforçamos a importância de políticas públicas e do atendimento humanizado para todas as pessoas independentemente da nacionalidade. Celebrar essa data é, acima de tudo, valorizar a diversidade que nos constitui enquanto sociedade.
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