Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, promoveu na última quinta-feira, 26 de junho, o evento de encerramento da segunda edição do Acelerando Hortas. O encontro foi realizado no Centro de Inovação Verde Bruno Covas – Hub Green Sampa, em Pinheiros, e celebrou as iniciativas impulsionadas nesta edição.

A ação, operada pela Ade Sampa (Agência São Paulo de Desenvolvimento) em conjunto com o programa Sampa+Rural, foi responsável pela aceleração de 20 projetos de agricultura e de 13 hortas escolares, uma de cada DRE (Diretoria Regional de Ensino).

Os 20 negócios selecionados contaram com aporte técnico de R$ 30 mil na forma de materiais e serviços, além de orientação técnica e gerencial durante seis meses. Os projetos acelerados estão ligados a sete temas estruturantes: Implantação e Estruturação de Novas Hortas; Implantação de Tecnologias Sociais e/ou Sustentáveis;
Comercialização e Logística; Produção de Mudas; Produção e Distribuição de Insumos; Turismo de Vivência Rural; Beneficiamento de Produtos Naturais.

“O encontro de encerramento do Acelerando Hortas simboliza uma missão cumprida da Prefeitura de São Paulo em fortalecer pequenas iniciativas de agricultura, valorizar práticas sustentáveis e de buscar uma cidade cada vez mais verde e preparada para o futuro”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho em exercício, Armando Júnior.

Sobre o Programa Sampa+Rural

O Programa Sampa+Rural prevê ações que visam expandir a Assistência Técnica e Extensão Rural na Cidade de São Paulo. O objetivo do programa é fortalecer os locais de agricultura já existentes, mas também incentivar e viabilizar a construção de novos espaços de cultivo em todas as regiões do município. A Coordenadoria de Agricultura, responsável pelo programa, conta com três CAEs - Casas de Agricultura Ecológica nas zonas Sul, Leste e Norte, sendo a última responsável pelo atendimento também dos distritos da região central, oeste e sul em sua porção urbana.

Além disso, a iniciativa conta com três Unidades de Bionsumos, localizadas em Parelheiros, José Bonifácio e Vila dos Andrades, que produzem, capacitam e oferecem  biofertilizantes e compostos  orgânicos úteis na proteção de plantios, controle de pragas, fortificação de solo e muito mais. Saiba mais sobre o trabalho da Coordenadoria de Agricultura da Prefeitura de São Paulo clicando aqui ou siga no Instagram @agriculturaprefsp.

Conheça os projetos selecionados:

Boa Horta - Iniciaram a jornada em 2022 com o propósito de cultivar alimentos e fornecer a comunidade. Buscam com inovação da hidroponia cultivar alimentos de maneira orgânica e sustentável. Além disso, estão profundamente comprometidos em fortalecer os laços com a comunidade, comercializando localmente de forma muito acessível. Através do uso de tecnologias sustentáveis vão trabalhar na produção eficiente de alimentos orgânicos, a partir da implementação e estruturação de novas hortas hidropônicas. Dessa forma, pretendem garantir segurança alimentar, geração de emprego, e sustentabilidade ambiental.

Horta Urbana Madalena - A Horta Madalena iniciou sua história na década de 90. Em 2020, iniciou sua transição agroecológica visando estabelecer pontes entre o conhecimento acumulado no território e os princípios da agrofloresta e da sintropia. Tem atendido uma movimentação da comunidade do entorno que está voltando a se conectar com a horta. Melhores condições de trabalho e resiliência ao processo de produção de alimentos para ser referência na produção e comercialização de alimentos orgânicos na região; ativação e reforma de tecnologias sustentáveis; e adequação do espaço para vivências e atividades pedagógicas que dialoguem com segurança alimentar, conexão com a natureza, bem-viver, permacultura e agrofloresta.

Cisterna Horta Casa dos Meninos - A horta está no processo de adequação para que sirva de referência de um local educativo de cultivo e educação ambiental, na perspectiva de criação de roteiro de visitação para as escolas do entorno. Busca instalar um sistema de captação de água da chuva no prédio da instituição onde a horta está localizada. Além disso, espera-se: (1) promover e incentivar o uso deste modelo de captação no entorno da comunidade; (2) estruturar a horta para se tornar um espaço de referência na educacional ambiental na região; (3) garantir uma maior produção de olericultura de melhor qualidade; e (4) garantir alimentação própria de forma saudável.

Cultivar Bioinsumos e Mudas (Cultivar BeM) - Pai e filho ligados pelo interesse no mundo natural em seu conjunto. Foram diversas ações até que os técnicos do programa Sampa+Rural identificaram neles potencial para realização de trabalho no espaço de sustentabilidade do banco de alimentos CRESAN Vila Maria. Assim, Nei e Pedro iniciam as atividades do projeto que transforma resíduos em bioinsumos e produz mudas, que através de doações e oficinas atendem escolas, creches e a comunidade do entorno. A proposta tem como objetivos principais: (1) Estruturar uma pequena fábrica de bioinsumos; e (2) Recuperar e adequar a estufa de produção de mudas do espaço de Sustentabilidade do Cresan Vila Maria.

Ecoa Marsilac - Família com uma longa história como agricultores orgânicos, focados no cultivo diversificado de mudas frutíferas nativas da Mata Atlântica. Além do amplo cultivo, oferecem cursos na propriedade e a promoção de uma economia solidária e sustentável, facilitando a troca de produtos e artesanatos entre os produtores locais. Implementação de uma iniciativa de agricultura sustentável, oferecendo soluções inovadoras que promovem a otimização e a sustentabilidade na agricultura.

Espaço Cultural do Jardim Damasceno - O Espaço Cultural Jardim Damasceno(ECJD) é um equipamento social e ambiental que existe na Brasilândia desde 1991. Seu principal objetivo é prestar assistência à população e ampliar sua perspectiva para o futuro através de ações assistenciais, mas principalmente educativas e culturais. O projeto busca fortalecer o comércio e logística do Espaço Cultural Jardim Damasceno, através do aumento de produção da horta para as atividades do ECJD e do Perifa Alimenta; e maior rendimento para o Perifa Alimenta remunerar seus membros e reinvestimento no espaço e no coletivo.

Horta Missão Ambiental - Fundada em 1991 com o objetivo de recuperar e transformar uma área degradada. Atualmente desenvolve trabalhos de Educação Socioambiental, compostagem, Horta Comunitária, Santuário de Orquídeas, Captação de água da chuva, Plantio de Espécies Nativas, Abelhas Nativas Sem Ferrão, Berçário de Mudas, Produção de Frutas, Plantas medicinais e PANCs. O projeto pretende ampliar as estruturas existentes para melhorar a produção de composto orgânico e captação de água de chuva, além de ampliar a quantidade de equipamentos. Dessa forma, busca potencializar as ações de compostagem comunitária, reduzir as emissões de poluentes e sensibilizar a população por meio da Educação Ambiental.

Viveiro EcoCultural Rocokaza - Coletivo artístico, focado na linguagem teatral, circense e da cultura popular, que iniciou sua trajetória em 1998. A sede do grupo, o Viveiro EcoCultural Rocokaza tem funcionado como um polo de arte-educação ambiental, com oficinas com foco em sustentabilidade e visitas guiadas no sítio. Implantação de uma horta como estação de educação ambiental da Trilha da Jussara, que está em fase de implementação. Foco no turismo rural, pensando em trazer grupos de estudantes, moradores e turistas para visitação e participação em eventos e oficinas.

Monte do Cruzeiro - Adubos Orgânicos - Chácara na região de São Mateus onde toda a família se envolve no plantio de hortaliças para consumo próprio e venda do excedente. A partir dos plantios sentiram necessidade de um adubo orgânico de qualidade para usar nos canteiros, o que os levou a se aprimorar nas técnicas de compostagem para conseguir suprir essa demanda. O projeto busca aumentar a circularidade dos resíduos sólidos dentro da comunidade, utilizando a técnica da compostagem, gerando renda com o produto final da transformação e auxiliando na disponibilidade de adubo orgânico para os agricultores da região, proporcionando a produção de alimentos de qualidade de forma orgânica, buscando a soberania alimentar.

Mulheres em Rede: Fortalecimento da Agroecologia nas Periferias Paulistanas - A RAPPA agrega e conecta mulheres agricultoras e coletivos de mulheres agricultoras da cidade de São Paulo para estimular a autonomia econômica, geração de renda e promover maior protagonismo feminino na construção de políticas públicas. Se baseia nos princípios da agroecologia, da economia solidária e feminista, auto-organização e combate a qualquer tipo de violência a qual as mulheres estão submetidas. O projeto busca resolver problemas com comercialização das agricultoras, capacitação e estruturação da RAPPA, visando principalmente o aprimoramento das redes sociais, a capacitação das integrantes para o gerenciamento dessas redes e a criação de uma identidade visual.

Multiplicando ao Pôr do Sol: Projeto de Mudas no Sítio Pôr do Sol - Desde cedo, Vantuil se encantava ao ver as hortaliças crescerem, e sempre corria à frente de todos na hora da colheita para ser o primeiro a cuidar delas. Atualmente, o sítio se destaca pela produção de hortaliças, frutas e diversas outras culturas, além de animais e uma estrutura para receber visitantes, incluindo piscina, área de lazer com jogos e churrasqueira, entre outros atrativos. Com o projeto, busca resolver o difícil acesso às mudas originadas de manejo orgânico e o incentivo dessa prática como um todo, melhorando e construindo estruturas de estufa, viveiro e irrigação.

Nha-Ma'Etỹ Pohehaw - Toka da Onça Oka - Toka da onça Oka é um espaço de memória viva e recuperação da mata Atlântica que fica na Tekoa Itkupe no território indígena do jaraguá. Temos trabalhado no fortalecimento da cultura e alimentação tradicional, através das atividades na roça. Com o projeto, tem o objetivo de construir e ampliar a roça, horta, berço de sementes e mudas; melhorar as construções e condições do trabalho com melhores ferramentas; e ampliar o trabalho com as mulheres e crianças, compartilhando saberes e experiências ancestrais.

Projeto Sítio Guarapiranga - A agricultura no sítio teve seu início com a chegada do avô de Rafael, Sumio Minami, vindo do Japão em 1973. Com o passar dos anos. Hoje em dia no Sítio Guarapiranga a agricultura tem foco em hortaliças, além de alguns frutos, sendo a maior parte da produção vendida/ distribuída através de comerciantes locais. Estruturação do viveiro de mudas e do galpão, para produção de mudas em uma escala maior e com melhor qualidade, enquanto o galpão ficará utilizável para atender as demais atividades do sítio.

Projeto Vivência e Acolhimento - O sítio nasceu em 1985 como um dos pioneiros no cultivo de hortaliças aqui da região do Embura. Após a participação em projetos, passaram a praticar uma agricultura de mais baixo impacto e início de boas práticas agroecológicas. Estruturar e melhorar o espaço para receber visitantes, através da educação ambiental, turismo de base comunitária. As melhorias também vão possibilitar a valorização dos produtos cultivados na horta e aumentar o potencial de produção de alimentos e processamento artesanal.

Recanto Verde do Povo em Ação - Recanto Verde do Povo em Ação surge em 2023 através da parceria com o Centro de Estudos Etnobotânicos e Etnofarmacológicos (CEE) da UNIFESP Campus Diadema pelo projeto Hortas de Produtos Medicinais, com objetivo de levar até as comunidades periféricas de São Paulo os benefícios e os alertas sobre os riscos envolvidos nos usos das plantas medicinais, sobretudo aquelas que fazem parte de seu dia-a-dia. O Projeto "A Casa das Ervas" é a oportunidade de potencializar a produção de ervas fitoterápicas das 12 hortas parceiras que fazem parte do Grupo Hortas da Sul, e consiste na construção de um Polo de Beneficiamento das ervas fitoterápicas, envase e a comercialização de forma direta através de loja física e virtual.

Sementes que Alimentam - O projeto atua no estímulo da prática de uma alimentação saudável livre agrotóxico, colaborando para o enfrentamento do racismo ambiental e estímulo à autonomia alimentar. O projeto faz plantios nos canteiros em conjunto com a comunidade local, espaços de cultivo de hortas. Busca ampliar a mobilização das famílias dos mutirões e do entorno em defesa da restauração ecológica por meio de ações de plantio, além de aumentar a capacidade de produção de mudas destinadas a cozinha solidária, e a realização de palestras sobre plantio tradicional para alunos de escolas da rede pública de ensino e também para moradores das comunidades do entorno do instituto.

Sítio Feliciano - Ornamentais Agroecológicos - Filho de agricultores de plantas ornamentais no sistema convencional, trabalha na área há 30 anos. Nos últimos anos, ao longo de pesquisas e extensas conversas com outros produtores, têm desenvolvido técnicas para cultivo de ornamentais orgânicos ou agroecológicos. Implantação de um campo experimental no Sítio Feliciano, aplicando algumas técnicas de cultivo alternativas para ornamentais. Uma delas é o uso de cobertura (mulching). Outra estratégia é o plantio consorciado de ornamentais com plantas alimentícias.

Turismo de vivência rural - Vida que prospera - Mesmo em meio às intempéries de produzir em solo degradado e com poucos insumos, conseguiram produzir um pomar, com frutíferas em agrofloresta, além de hortaliças, uvas e pancs. Além disso, são guardiãs de sementes crioulas, preservando o futuro da agroecologia, e a soberania da agricultura familiar. O objetivo é promover o turismo rural de base comunitária, vivenciando a experiência das mulheres da agricultura familiar, em atividades como roteiros de visitação às hortas e pomares das mulheres, além de atividades de reconhecimento de árvores nativas e coleta de sementes crioulas, e agrofloresta.

Vivência agroflorestal e abertura de lagos aldeia Pindo Mirim - Retomada na TI Jaragua, onde já foi plantado cerca de 4 hectares de alimento tradicional e hortaliças/temperos em um ano, além de cerca de 1300 árvores nativas da mata atlântica. Além disso foi criado um galinheiro com cerca de 20 galinhas e implementado 21 caixas de abelhas nativas sem ferrão. Fomentar o turismo de base comunitária, que ainda possui pouca visibilidade na aldeia, através de atividades de plantio de consórcios agroflorestais de palmito pupunha e Jussara, junto a abertura de um lago com 8 espécies de peixes. Os eventos devem ocorrer em formato de acampamentos mensais.

Vivenciando o Viveiro: mudas em produção - A Horta Comunitária Cantinho do Céu é um espaço de plantio, troca e acolhimento para com comunidade da Favela da Felicidade. Com mais de 1000m² e espaço para crescer ainda mais, a horta é um centro de atividades agrícolas e comunitárias. Fortalecimento da Horta Comunitária através da implementação de melhorias no viveiro de mudas e infraestrutura, e aumento da capacidade de produção e distribuição de mudas. Além disso, visa fortalecer a autonomia financeira do projeto, garantindo sua continuidade e expansão, e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico local.