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Terça-feira, 16 de Setembro de 2025 | Horário: 18:54
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Conheça o trabalho dos emergencistas do Samu 192 de São Paulo

Especialidade médica se destaca pelo raciocínio rápido e tomada de decisão

Os emergencistas são os responsáveis pelo manejo inicial e pela estabilização do paciente até que os cuidados mais avançados possam ser iniciados. A rotina desses médicos envolve tomar decisões rápidas e consistentes junto às equipes de atendimento, seja em prontos atendimentos de hospitais, em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em Prontos-Socorros (PSs) ou no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sempre com o objetivo de preservar vidas.

Sempre que a central do Samu recebe uma ligação, após o levantamento das informações iniciais sobre o paciente, cabe ao médico regulador, também um emergencista, avaliar a gravidade, orientar as medidas iniciais e coordenar o atendimento, incluindo o tipo de veículo e equipe enviados, além do encaminhamento ao hospital adequado. Apenas em 2024, na cidade de São Paulo, foram realizados 314.089 atendimentos presenciais.

Cerca de um quarto do total de mais de 16 mil médicos da rede municipal de saúde atua em unidades de urgência e emergência e está a postos diariamente em mais de 50 serviços para atender pacientes em risco imediato de vida. A importância do trabalho dos emergencistas é lembrada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em 16 de setembro, Dia Nacional do Médico Emergencista.

Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), urgência é qualquer ocorrência imprevista que cause agravo à saúde, com ou sem risco potencial à vida, e que exija assistência médica imediata. Já emergência é a constatação médica de um agravo à saúde que implica risco iminente de vida ou sofrimento intenso, também demandando atendimento imediato. Por definição, o Samu dedica-se integralmente a esses casos, providenciando a remoção de pessoas em risco aos serviços pré-hospitalares e hospitalares. 

Médica reguladora define ação após a chamada
“Quando escolhi a medicina, foi porque acho fascinante ajudar a salvar vidas”, conta a médica emergencista Jussara Lazarini Martins, 44 anos, que há 15 anos atua no Samu da cidade de São Paulo, atualmente como médica reguladora. Formada em cirurgia geral pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Jussara já atuou na UTI de queimados e no pronto-socorro do Hospital São Paulo, em operações de salvamento na mata com a Aeronáutica Brasileira — com foco em populações ribeirinhas e indígenas — e também no Corpo de Bombeiros.

Casada e mãe de dois filhos, ela considera sua missão ajudar as pessoas em seus momentos de maior vulnerabilidade. “No Samu, preciso decidir o melhor curso de ação para o paciente, como a necessidade de encaminhamento para um hospital, o tipo de ambulância a ser utilizada (básica ou UTI móvel) e a comunicação com o hospital de destino para garantir a continuidade do atendimento. Ao mesmo tempo, pelo telefone, oriento com objetividade enquanto a ambulância está em deslocamento.” O maior desafio, diz, é decidir em segundos de forma objetiva. “Para isso, é preciso saber conectar-se com quem está do outro lado da linha, estabelecer uma comunicação clara, porque toda a estrutura do atendimento é direcionada pelo que essa pessoa me relata. É cansativo e, ao mesmo tempo, reconfortante, pois nada é mais importante que salvar vidas.”

Na linha de frente
No Samu há quatro anos, o emergencista Gabriel Martinez, 30 anos, integra a base do Bom Retiro, junto à sede do serviço. Ele afirma que se sente útil ao atender pacientes em situações graves, que precisam de ajuda imediata, independentemente da queixa. Conta que se identificou com a medicina de emergência ainda no sexto ano da graduação na Faculdade de Medicina de Jundiaí, de onde seguiu para a residência em medicina de emergência no Hospital das Clínicas da USP. Ainda no segundo ano, começou a atuar no Samu, onde, segundo Gabriel, “a chamada é sempre à ação”.

De lá para cá, já viveu muitas ocorrências clínicas e cirúrgicas. “Somos treinados para atuar de forma assertiva para o paciente, muitas vezes em ambientes imprevisíveis”, pondera o médico, que nesses quatro anos já enfrentou situações como paradas cardíacas, acidentes automobilísticos, partos, incêndios e acidentes com múltiplas vítimas. Tudo isso em uma “rotina sem rotina”, feita de decisões rápidas e muita ação.

Samu em números
Em 2022, o Samu de São Paulo contava com 60 ambulâncias; hoje, são 142 veículos, representando um aumento de 136%. Além disso, estão em operação 80 motolâncias, sendo que 60 foram entregues em maio desse ano. Elas são utilizadas em pontos estratégicos da cidade para ampliar a cobertura nas ocorrências de urgência e emergência na cidade. As motos são conduzidas por profissionais de enfermagem, o que possibilita a estabilização inicial do paciente durante o deslocamento da ambulância, quando necessário.

O Samu conta com 2.503 profissionais atuando na Central de Regulação e nas equipes assistenciais. Recentemente, foram contratados mais de 1.500 novos funcionários. Somente neste ano, até julho, atendidos 193.923 chamados na cidade de São Paulo.

Imagens de apoio: https://we.tl/t-1u5y12miBi 

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