Notícia na íntegra
Prefeitura oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar
A Prefeitura destaca, nesta sexta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, a importância da prevenção a doenças e mortes evitáveis relacionadas ao cigarro e da assistência aos tabagistas. Para realizar esse trabalho, as equipes Multi das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizam atendimentos que envolvem sessões de terapia em grupo, aulas de pilates, meditação e auriculoterapia.
Em 2021, foram feitos 4.174 atendimentos e em 2022, 16.065. Em 2023, o número aumentou para 47.167 e, em 2024, para 62.635. Já em 2025, até o momento, foram 35.660 participações. Para participar do programa, a população pode encontrar a unidade mais próxima por meio da plataforma Busca Saúde.
Três das pessoas assistidas durante este ano são a aposentada Magaly Esteves, 67, a instrumentadora cirúrgica Maria Aparecida da Cruz Menge, 69, e a costureira Yara Gomes Lagrota, 77, moradoras da Zona Norte. Apesar das histórias de vida diferentes, elas compartilham um ponto em suas trajetórias: todas foram fumantes por mais de 50 anos e abandonaram o cigarro ao frequentar o grupo do programa de controle de tabagismo da Unidade Básica de Saúde (UBS) Horto Florestal.
“Quando eu era adolescente todo mundo fumava nos filmes, nas novelas. A gente achava bonito, chique, naquela época”, conta Magaly, que experimentou o primeiro cigarro aos 14 anos, com duas primas.
Ela conta que, ao tomar conhecimento de seu hábito, sua mãe, que era fumante, disse que, se ela quisesse fumar, teria que trabalhar para comprar seus cigarros. Foi o que Magaly fez ao longo de 53 anos, com algumas tentativas de parar, sem sucesso.
A aposentada conta que foi uma amiga de infância, Maria Isabel, também fumante desde a adolescência e vizinha de bairro, que lhe falou sobre o programa da Prefeitura. “Fiquei animada quando soube que ela tinha conseguido parar e fui com ela conversar com as meninas da UBS”, recorda Magaly, que também contou com o apoio de Maria Isabel, que a acompanhou aos encontros.
As “meninas da UBS” são as farmacêuticas Karen Navarro e Rosana Tiemi, que conduzem o programa de controle de tabagismo na unidade. Karen explica que 90% dos pacientes que seguem corretamente o programa até o fim - o que inclui encontros semanais ao longo do primeiro mês, seguidos de encontros quinzenais no segundo mês e depois encontros mensais até completar um ano - conseguem abandonar o tabagismo.
Para chegar a esse resultado, juntamente com a dinâmica do programa, baseada em um modelo de terapia realizada em grupo e centrada na mudança de crenças e comportamentos, a UBS investe em práticas integrativas e complementares (Pics) como auriculoterapia e meditação, que auxiliam em aspectos como a ansiedade.
Espaço de troca e escuta
Magaly, que chegou a fumar dois maços de cigarro por dia em momento difíceis de sua vida, como quando parou de trabalhar e virou cuidadora da mãe (hoje falecida), conta que, com o suporte do programa, conseguiu reduzir rapidamente o número diário de cigarros, até manter apenas um por dia. “Participar da dinâmica em grupo, ver que outras pessoas estavam passando pelo mesmo que eu, foi essencial. Sozinha eu não teria conseguido”, enfatiza ela, que também fez sessões de auriculoterapia durante os encontros.
“A auriculoterapia e a meditação são oferecidas a todos a partir do segundo encontro e estas técnicas têm sido muito importantes para chegarmos aos resultados mais rápido”, explica a farmacêutica Karen. Segundo ela os medicamentos e adesivos são apresentados como opção apenas a pacientes com muita dificuldade para superar a abstinência do cigarro. “A maioria consegue parar sem recorrer a medicamentos”, comemora a profissional, que trabalha há cinco anos na UBS Horto Florestal.
Na unidade, como em todas as outras que oferecem o programa de controle de tabagismo (97% das 479 UBSs da capital), o boca-a-boca é um dos recursos para levar integrantes aos novos grupos.
“Quem me falou das reuniões foi a minha manicure”, diz Yara, que começou a fumar aos 27 anos, já casada e com dois filhos, por influência do marido, que de vez em quando lhe oferecia uma tragada quando estava nervosa. “Pior é que ele havia parado de fumar há 25 anos e eu não conseguia”, afirma a costureira que, com o auxílio do programa, conseguiu deixar o cigarro de forma muito rápida.
Já a instrumentadora cirúrgica Maria Aparecida começou a fumar aos 14 por influência de uma vizinha mais velha e depois teve dificuldade em parar, porque o ex-marido também era fumante. No caso dela, a inscrição no grupo da UBS Horto Florestal foi um “presente” da nora. “Eu tinha dificuldade para acompanhar as reuniões por conta do trabalho mas, mesmo assim, tive suporte da Karen e da Rosana para receber os conteúdos e orientações”, lembra Cida, que também recebeu auriculoterapia e conseguiu parar sem a necessidade de medicamentos.
Atividades físicas
Para manter a possibilidade de uma vida mais saudável e longeva, Magaly, Yara e Cida recorrem a expedientes como evitar ficar perto de fumantes, nunca ter cigarros por perto e investir em exercícios físicos. Magaly, por exemplo, hoje é assídua nas atividades oferecidas pela UBS, como os grupos de caminhada, pilates e xiang gong. Sempre acompanhada pela inseparável amiga e incentivadora Maria Isabel.
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
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