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Terça-feira, 7 de Maio de 2024 | Horário: 17:19
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Centro Esportivo Mooca recebe judocas classificados para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Seis atletas usam o equipamento da Prefeitura para se preparar para a competição

 


A Prefeitura de São Paulo possui vários espaços administrados pela Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo (SEME), como os Centros Esportivos, para a prática de modalidades adaptadas. Atualmente, seis judocas classificados para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 treinam no CE Mooca.

Brenda Freitas, Lucia Araujo, Rebeca Silva, Harlley Arruda, Elielton Oliveira e Erika Zoaga utilizam o equipamentos da administração municipal.  Além de de Alana Maldonado, líder do ranking mundial em sua categoria e a primeira mulher brasileira do judô a conquistar a medalha de ouro em uma edição dos Jogos Paralímpicos, e Thiego Silva que realizam treinos técnicos esporadicamente na unidade esportiva.

Como explica técnico da Seleção Brasileira de Judô Paralímpico e professor de judô do Centro Esportivo Mooca, Jaime Bragança, a relação do CE Mooca  com o esporte é antiga. "Desde os anos 70 um time de atletas com deficiência auditiva e visual treinam  judô no equipamento".

Segundo ele, em 1980, quando a prática do judô convencional foi autorizada para o sexo feminino o local teve um grande destaque no Primeiro Campeonato Paulista  e Brasileiro de Judô para mulheres que ocorreu no Rio de Janeiro, classificando também três atletas do centro esportivo para o primeiro Campeonato Mundial realizado em Nova York, nos Estados Unidos.

Jaime fala que, no início dos anos 80, o equipamento da Prefeitura tinha o atleta Eduardo Sabonavaite que conquistou o Bi Campeonato Mundial de Judô para Surdos. "Em 1989, o CE. Mooca recebeu seu primeiro aluno cego e desde então foi destaque no cenário nacional e internacional na modalidade de Judô Paralímpico".

De acordo com o técnico, desde 2005, a unidade manteve diversos atletas participando das principais competições da modalidade, incluindo os Jogos Paralímpicos, campeonatos Mundiais e Jogos Parapanamericanos. "Desde 2013, a Confederação Brasileira de Desportes para Cegos firma parceria formal com a SEME criando um centro de treinamento da Seleção Brasileira para preparação dos jogos paralímpicos".

O trabalho já rendeu muitos resultados. "A atleta Lucia Araujo  conquistou as medalhas de prata nos Jogos Paralímpicos de Londres 2021, medalha de prata nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016 e medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Toquio 2020".


Aulas 
O Centro Esportivo Mané Garrincha e o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) também atuam no esporte adaptado e recebem as aulas lecionadas pela Associação Paradesportiva JR SP, que tem a missão de valorizar e ampliar a visibilidade e o potencial da pessoa com deficiência intelectual por meio do esporte, oferecendo atividades como ginástica, dança, futsal, natação e atletismo de forma gratuita.

“Nós temos iniciação esportiva a partir dos cinco anos, então o processo com eles é ensinar a independência, organização e disciplina, tudo isso acaba ajudando eles na escola ou no caso dos mais velhos no campo de trabalho.” explica Cristina Heitzmann, professora de Educação Física da Associação. “Na iniciação nós preparamos as habilidades naturais, a coordenação e principalmente preparamos para o treinamento, para ter concentração, atenção e disciplina que precisa.” complementa. 

Além dos benefícios psíquicos, gera benefícios físicos como agilidade, equilíbrio, força muscular, coordenação motora e resistência física, prevenindo também as enfermidades secundárias à deficiência.

Na opinião de Sandra, mãe do Caio, atleta com síndrome de Down e transtorno do espectro autista (TEA) a mudança é visível, na parte da saúde e na parte de socialização com o grupo de amigos.

"Frequentamos há 15 anos e só temos ganhos! Aqui o tratamento da associação tem com os meninos é uma espécie de terapia, até para nós, mães, que ficamos esperando. É uma espécie de troca e os benefícios são para todos. Eles são capazes de muitas coisas, é só acreditar e dar oportunidade.” destacou.

Hoje o esporte adaptado é muito mais que uma terapia, apresentando-se com um alto rendimento e nível técnico dos atletas, inclusive tendo competições de nível mundial, como as paraolimpíadas. No Brasil, são muitos os atletas paralímpicos que se destacam, como o nadador Daniel Dias, o judoca Antônio Tenório, a parataekwondista Débora Menezes, e muitos outros.


O que é
O Esporte Adaptado é um esporte criado para atender às demandas de pessoas com algum tipo de deficiência, tendo como seu principal objetivo possibilitar oportunidades iguais de envolvimento na atividade física, competição e realização pessoal.

A prática de exercício agrega positivamente no aspecto social e emocional, isso porque uma vida mais ativa ajuda na descoberta de potencialidades, aumenta a autonomia para realização das atividades diárias, melhora o humor, reduz a sensação de estresse e os sintomas de ansiedade e de depressão, auxilia na reabilitação e na ampliação do ciclo de amizades.

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