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Terça-feira, 1 de Julho de 2025 | Horário: 13:52
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Escola da Zona Leste utiliza miniestação meteorológica para estimular aprendizado de matemática

Dispositivos foram construídos pelos alunos dos 7ºs, 8ºs e 9ºs anos da unidade de Ensino Fundamental (EMEF) José Augusto César Salgado, em Cidade Tiradentes

Fazer com que os estudantes aprendam matemática de forma objetiva, desenvolvendo habilidades investigativas, de análise de dados e consciência climática. Este foi o objetivo do professor Everton Alves de Souza, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José Augusto César Salgado, localizada em Cidade Tiradentes, na Zona Leste, ao promover a atividade “Monitoramento Climático com Miniestações Meteorológicas e Micro:bit” com os estudantes dos 7ºs, 8ºs e 9ºs anos.    

Inspirada na formação “Cada Bairro, Uma Temperatura”, a construção da miniestação é uma das tarefas propostas dentro do projeto de “Olho na COP 30” – uma parceria entre Tecnologias para Aprendizagem (TPA) e Núcleo de Educação Ambiental (NEA), ambos da Secretaria de Educação da Prefeitura. 

Para Eduardo Murakami, integrante do Núcleo de Educação Ambiental, “trabalhar de forma integrada é imprescindível para a garantia de um processo de aprendizagem adequado e significativo. Construir miniestações meteorológicas permite a intersecção das propostas de Tecnologias para Aprendizagem com as discussões defendidas para Educação Ambiental”. 

Processo

A partir da pergunta “A temperatura e umidade são iguais em todos os espaços da escola?”, os estudantes foram divididos em grupos e percorreram diferentes ambientes, como salas de aula, pátio, corredores e áreas externas, utilizando suas estações meteorológicas móveis para fazer as medições de temperatura, umidade relativa do ar e índice de calor. 

As peças foram construídas com placas micro:bit, baterias e sensores digitais de temperatura e umidade (DHT11) e funcionavam quando seus botões eram pressionados. Ao apertar um deles, o aparelho exibia a temperatura; outro, a umidade; ao pressionar os dois simultaneamente, os alunos visualizavam o índice de calor. Todos os dados eram exibidos diretamente na placa, previamente programada pelos próprios estudantes, no ambiente MakeCode.

“No ambiente MakeCode, os alunos visualizaram o funcionamento do sensor acoplado ao micro:bit e compreenderam como os dados deveriam ser lidos e apresentados. Assim, reforçamos o vínculo entre tecnologia e matemática de maneira significativa”, explicou o professor Everton.

Aplicando os conhecimentos

Depois da coleta de dados, os grupos organizaram as informações em tabelas e gráficos, aplicando as quatro operações matemáticas fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão) para analisar os resultados. 

Foram feitos cálculos de médias, comparação de temperatura entre ambientes, diferença entre os maiores e menores valores, soma das temperaturas e das umidades registradas. Desta forma os estudantes puderam reforçar habilidades matemáticas a partir de situações reais, conectadas ao seu cotidiano.

Os estudantes do 7º ano, Ivo Mendoza e Manuela Silva, contaram ao professor que acharam a atividade diferente e divertida. Ivo declarou que estranhou a variação das medições que em um momento estavam “mais” e, em outro, “menos”.

Interdisciplinaridade

 Além de trabalhar conteúdos de matemática, a tarefa promoveu o desenvolvimento de competências em investigação científica, uso de tecnologias para pesquisa e levantamento de dados, ampliando a compreensão dos alunos sobre clima, temperatura e umidade do ar.                                                                                                                                                                                             
A proposta mostrou como a tecnologia pode ser uma aliada importante no ensino da matemática, tornando a aprendizagem mais significativa, envolvente e alinhada com os desafios do mundo atual.

De acordo com Ariana Souza de Santana, do Núcleo de Tecnologias Para Aprendizagem (TPA), a atividade foi pensada para entender situações reais a partir de investigação. "O objetivo foi elaborar um dispositivo com a placa micro:bit e seus componentes, uma programação onde os estudantes podem vivenciar, coletar e interpretar dados, promovendo a conscientização sobre as mudanças climáticas e incentivando o desenvolvimento de habilidades práticas em ciências, tecnologias e demais áreas do conhecimento”.

Investimento 
A Secretaria Municipal de Educação investiu na compra de cerca de 20 mil placas de micro:bit, em 2024. Todas as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs), Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio (EMEFMs) e Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS) receberam dez kits micro:bit composto por três livros com explicações e peças para montagem e programação.

Conheça a página de Tecnologias Para Aprendizagem. 

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