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Biblioteca Mário de Andrade homenageia 90 anos de Augusto de Campos com duas exposições
A Biblioteca Mário de Andrade, ligada à Secretaria Municipal de Cultura (SMC), está promovendo uma série de eventos em homenagem ao poeta e tradutor Augusto de Campos, que completou 90 anos no último dia 14 de fevereiro. Entre as atrações estão as exposições “Poema cidadecitycité pela cidade”, em cartaz até o próximo dia 23 de abril, e “Transletras”, que segue até o dia 11 de junho.
A mostra “Poema cidadeditycité pela cidade” gira em torno do poema “cidadecitycité”, definido por Augusto de Campos como “o maior poema de uma única palavra já escrito”. O grande destaque é a versão audiovisual da obra, exibida em um painel de LED com 10 metros de comprimento instalado na fachada principal da Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94).
A exposição, que tem curadoria de Daniel Rangel, reúne, no hall de entrada, distintas versões do poema criado em 1963, dos primeiros experimentos gráficos até as versões audiovisuais posteriores. Alguns destes registros são gravações sonoras do próprio poeta recitando sua criação, como a feita em parceria com seu filho, o músico Cid Campos, versão que também aparece em vídeo realizado posteriormente.
Já a exposição “Transletras” reúne cartazes, estudos e manuscritos realizados pelo artista-poeta com letras adesivas transferíveis, sobretudo da empresa inglesa letraset, entre 1974 e 1985. Esta fase representa a transição da produção de Augusto de Campos das ferramentas analógicas para as digitais.
Um dos destaques desta mostra, que também tem curadoria de Daniel Rangel, é a apresentação de cerca de cinquenta cartazes produzidos pelo artista, quase todos inéditos. Na biblioteca, eles são exibidos em conjunto com estudos, manuscritos e obras expandidas criadas a partir dos poemas em letraset. Neste caso, vídeos, esculturas e objetos poéticos são alguns dos suportes utilizados para expandir os poemas para além do papel.
Sobre Augusto de Campos
Nascido na capital paulista em 1931, Augusto de Campos é poeta, tradutor, ensaísta, artista visual e crítico de literatura e música. Sua bagagem literária registra numerosas publicações, de 1951 a 2020. Com Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou em 1952 o livro-revista Noigandres, origem do grupo literário que iniciou o movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil.
Em 1953, produziu a série de poemas em cores, "Poetamenos", primeira manifestação da poesia concreta brasileira. Em 1956, participou da organização da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna, em São Paulo. A partir daí, seus trabalhos foram incluídos em diversas exposições nacionais e internacionais e em antologias editadas no exterior, como as publicações "Concrete Poetry: an International Anthology", organizada por Stephen Bann (London, 1967), "Concrete Poetry: a World View", por Mary Ellen Solt (University of Bloomington, Indiana, 1968), "Anthology of Concrete Poetry, por Emmet Williams" (NY, 1968), entre outras.
Sua produção poética, iniciada em 1951, com o livro "O Rei Menos O Reino", está reunida principalmente em "Viva Vaia" (1979), "Despoesia" (1994) e "Não" (2003), além de "Poemóbiles" e "Caixa Preta", coleções de poemas-objetos produzidas em colaboração com Julio Plaza e publicadas em 1974 e 1975, respectivamente. Em 2017, também com curadoria de Daniel Rangel, o artista-poeta realizou REVER, a maior exposição já realizada sobre sua produção, no SESC Pompéia. Em 2018, recebeu dois prêmios internacionais de poesia: Pablo Neruda, do Chile, e Jannis Pannonius, da Hungria.
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