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Sexta-feira, 27 de Outubro de 2023 | Horário: 16:11
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Conheça histórias de recuperação de espécies atendidas pelo Centro de Manejo e Conservação de Animais

Unidade, localizada na Zona Norte da capital, promove atendimento clínico e reintrodução dos bichinhos silvestres à natureza

Atendimento de espécies silvestres órfãs, que têm problemas de socialização na natureza, estejam feridas, em risco ou ainda que foram trancafiadas, são atendidas no Centro de Manejo e Conservação de Animais (CeMaCAS), localizado no Refúgio de Vida Silvestre – RVS Anhanguera, na Zona Norte. Neste ano, em oito meses, 4.295 bichinhos foram atendidos.

Criada em 1991, a Divisão da Fauna Silvestre (DFS) já atendeu quase 120 mil animais. Cerca de 50% deles se recuperam e são soltos – a maioria aves (como garças, corujas e sabiás). Mais de 500 espécies já passaram pelo CeMaCAS, inclusive, animais mais vulneráveis quando se trata de conservação.

Conheça a história de alguns de alguns deles que foram atendidos pela DFS:

Araras-Canindé - Vítimas de tráfico de animais no Pantanal, as oito aves chegaram ao CeMaCAS ainda filhotes em 2019. Em 2021, após serem tratadas, acompanhadas e reabilitadas pelos técnicos da Prefeitura, puderam ser soltas novamente na natureza. Deixaram o Centro e foram transportadas de avião até Campo Grande, onde foram recebidas pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) do Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL), onde foram encaminhadas para soltura.

Pinto-d’água-carijó -  Trata-se de uma ave migratória, ativa durante o dia, e que habita áreas pantanosas ou úmidas, com vegetação densa. Em junho de 2019 o CeMaCAS realizou a reintegração à natureza de uma ave dessa espécie, que é considerada rara e ameaçada em todo território nacional. Pode ser encontrada em vários países vizinhos como Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guiana, Paraguai, Uruguai e Argentina. No Brasil, existem registros da presença desta ave em três pontos do estado de São Paulo e em outros dois no Rio Grande do Sul.

O pinto-d’água-carijó foi encontrado na região do Itaim Paulista em 14 de maio de 2019. Após avaliação médica, foi constatado que se encontrava em bom estado de saúde. A ave permaneceu em acompanhamento e ganhou 120 gramas durante o processo de reabilitação. Permaneceu no Centro até ter seu ponto de soltura definido. A reintrodução ocorreu em uma fazenda de arroz, localizada no município de Tremembé (SP), área em que a espécie já foi avistada.

“É muito legal ressaltar que o naturalista britânico Charles Darwin descreveu essa ave durante sua famosa expedição a bordo do navio Beagle (1831-1836)”, diz Sergio Novita, diretor da Divisão da Fauna Silvestre (DFS).

Onças pardas – As onças pardas, nomeadas Marsha (fêmea) e Raoni (macho), foram encontradas em meio aos canaviais do interior de São Paulo. Não se sabe se esses animais foram realmente abandonados pela mãe ou não, pois é comum que as fêmeas abriguem seus filhotes no meio da vegetação. Entretanto, quando ela é de cana-de–açúcar, os animais são retirados durante a colheita.

Marsha, que chegou ao CeMaCAS em 8 de julho de 2019, com cerca de 15 dias de vida, foi o primeiro filhote da espécie recebido na unidade. Já Raoni, era um pouco mais velho, com cerca de 2 meses de idade, em 6 de julho de 2020.

Apesar de serem animais selvagens, ambos não têm condições de retornarem à vida livre. Marsha chegou muito nova ao Centro e não tem como se adaptar à vida na natureza. Raoni também não voltará à vida livre pois é muito dócil com seres humanos.

Ouriço albino - Em agosto de 2021, o Parque Estadual do Juquery, localizado em Franco da Rocha – que representa o último remanescente significativo de Cerrado preservado na Grande São Paulo – foi consumido pelas chamas.

O pequeno ouriço-albino foi encontrado durante uma busca de animais mortos ou feridos. Levado ao CeMaCAS, recebeu os cuidados necessários da equipe de veterinários. Ganhou o nome de Ipê, por ser amarelo como as flores que nascem no cerrado. Infelizmente, não teve condições de voltar à vida livre, mas ganhou um recinto no zoológico de Itatiba.

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