Notícia na íntegra
Conheça o trabalho de cinco mulheres ambientalistas que marcaram história
O Dia Internacional da Mulher deve ser lembrado também como um dia para potencializar a luta daquelas que sempre estiveram à frente de seu tempo, defendendo os ideais coletivos. De escritora a primatóloga, diversas mulheres foram marcadas na história pelas lutas ambientais e é necessário resgatar suas jornadas e conquistas.
Uma delas é Rachel Carson, responsável por impulsionar uma das maiores revoluções ecológicas do mundo. Seu livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson, publicado em 1962, chamou a atenção para os perigos que o uso de pesticidas sintéticos poderia trazer. Logo após o lançamento da obra, Carson sofreu ataques intensos vindos da indústria química, que tentavam deslegitimar seu trabalho como cientista. Em 1963 ela discursou no congresso americano, onde reivindicou novas políticas destinadas a proteger a saúde humana e o meio ambiente. O importante trabalho de Carson resultou em mudanças na política nacional de uso de pesticidas, que levou ao banimento de pesticidas como o DDT nos Estados Unidos. Seu legado inspirou também a criação da Agência de Proteção Ambiental americana.
Lutar pelas questões relacionadas à perda de terras de tratados, inspirada pelo pai, sempre foi o objetivo da americana Winona LaDuke. Enxergou na relação de sua tribo Ojibwe com a terra um novo modelo de desenvolvimento sustentável e produção local que priorizaria pautas desde a comida até a energia. LaDuke é cofundadora do Honra à Terra, organização liderada por nativos americanos que visa fornecer subsídios para iniciativas ambientais nativas. A organização deseja desenvolver um processo de conscientização e apoio para questões ambientais nativas e viabilizar recursos financeiros e políticos para a manutenção de comunidades nativas sustentáveis.
A britânica Jane Goodall é considerada a maior especialista em chimpanzés do mundo. Foram 55 anos estudando chimpanzés selvagens no parque nacional do córrego de Gomber, na Tanzânia. Hoje com 86 anos, a Drª Goodall continua atuando intensamente no ativismo e conservação animal. O Instituto Jane Goodall colabora com pesquisadores ao redor do mundo para desenvolver uma maior compreensão de como o desenvolvimento da humanidade pode caminhar lado a lado com a proteção ambiental.
Movimento Cinturão Verde
Nascida em Nyeri, zona rural do Quênia, Wangari Maathai foi uma das 300 estudantes quenianas selecionadas para o programa Airlift África, o que lhe deu a oportunidade de frequentar uma universidade nos Estados Unidos. Graduou-se em Ciências Biológicas no Kansas, é mestre em Ciências pela Universidade de Pittsburgh e foi a primeira mulher no Leste e na área central da África a conquistar o título acadêmico de doutora. De volta ao Quênia, fundou o Movimento do Cinturão Verde, onde ensina mulheres quenianas a plantarem novas árvores em áreas desmatadas e obter renda do sustento da terra. Desde a criação, o movimento já plantou mais de 51 milhões de árvores e capacitou 30 mil mulheres para o comércio. Por sua dedicação às pautas ambientais e de direto das mulheres, Maathai recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2004, sendo a primeira mulher africana a receber o título.
A estudiosa e ambientalista indiana Vandana Shiva luta pela Soberania Alimentar – prática que propõe o controle total dos hábitos alimentares pelas pessoas, com o objetivo de priorizar e promover agricultores locais e camponeses. Segundo Shiva, apoiar pequenas fazendas dirigidas por mulheres pode ser a chave para o desenvolvimento de fontes alimentícias ambientalmente sustentáveis, que proporcionem crescimento econômico. O ponto central de seu ativismo e pesquisa é o conceito de libertação das sementes, onde são rejeitadas aquelas cultivadas e patenteadas por grandes corporações, que seriam uma das causas da destruição de ecossistemas, do esgotamento de solos férteis e do comprometimento da saúde de populações vizinhas e consumidores.
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