Prefeitura de São Paulo

Em seminário sobre os desafios para o crescimento econômico brasileiro, o prefeito Fernando Haddad defendeu nesta quarta-feira (6) que o poder público deve investir em infraestrutura e em educação para incentivar a retomada de avanços econômicos e sociais. A palestra de Haddad integrou o evento Rumos da Economia – Desafios para o Crescimento, promovido pela revista Brasileiros.

“Estamos conseguindo contornar os problemas do primeiro trimestre e nós esperamos uma retomada dos investimentos. Isso não pode ficar prejudicado porque obra de infraestrutura aumenta a produtividade da economia de uma maneira geral. Qualquer ajuste tem que preservar determinadas áreas. Investimentos em estrutura e educação você não pode comprometer porque isso é o futuro do país”, afirmou Haddad.

Durante esta manhã, a economia brasileira foi debatida com Haddad e os economistas Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas, Ilan Goldfajn, economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco, Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp, e Octavio de Barros, economista-chefe e diretor estatutário do Bradesco.

Em sua palestra, Haddad afirmou que o Brasil aproveitou bem o último ciclo positivo da economia mundial, fortalecendo instituições, construindo uma carteira de projetos de infraestrutura e incluindo mais pessoas na educação formal. “Nós aproveitamos bastante oportunidades que se abriram tanto do ponto de vista da estrutura quanto do ponto de vista institucional e educacional, que eu acho que é o tripé que garante o sucesso de qualquer projeto nacional. Se este tripé estiver preservado, pode ter tropeços no caminho, mas tem seguramente uma tendência da melhoria do ambiente de negócios e da prosperidade socioeconômica da população”, disse Haddad, que participou do evento acompanhado pelo secretário Wilson Poit (Turismo e SPNegócios).

No debate, Haddad também apresentou os trabalhos anticorrupção e de aumento de eficiência realizados pela Controladoria Geral do Município, as indenizações e a repatriação de recursos pela Operação Águas Espraiadas e a renegociação de contratos com fornecedores da administração municipal.

“Estamos passando por um momento de transição, rumo a uma governança que passa da questão da quantidade para a da qualidade e eficiência do setor público”, avaliou Octavio de Barros. Além da questão do aumento de produtividade das empresas e do setor público, os economistas debateram os parâmetros macroeconômicos do país e possíveis medidas cambiais, fiscais e monetárias para o enfrentamento da crise.


Imagens para download:
Crédito: Fábio Arantes/Secom

Foto 1 | Foto 2 | Foto 3 | Foto 4 | Foto 5