Prefeitura de São Paulo

As primeiras oficinas para a formação em cultura de governo aberto, que capacitarão 25 mil pessoas para utilizar as ferramentas de participação e transparência na cidade de São Paulo, começarão neste sábado (7). Serão quatro oficinas neste final de semana, uma em cada região da cidade e cada uma com um tema diferente. Ao todo, a formação contará com 1.200 oficinas em 32 equipamentos públicos, com 48 temas diferentes. Elas serão aplicadas por agentes formadores que tiveram seus projetos aprovados. A programação completa, que seguirá até novembro de 2016, e os formulários de inscrições para as atividades estão disponíveis no site São Paulo Aberta.

Para marcar o início da formação, foi realizado na tarde desta sexta-feira (6) um debate com a participação da agente Martha Lopes, que é jornalista e ministrará a oficina “Gênero e poder – Reconstruindo a comunicação nas redes”. O encontro teve transmissão ao vivo pela internet. A atividade buscará apresentar técnicas de comunicação em rede e de criação de conteúdo para blogs e redes sociais, com o foco na criação de uma campanha que auxilie no combate à opressão de gênero. A transmissão também faz coro com a campanha #AgoraÉQueSãoElas, lançada nesta semana nas redes sociais por causa das recentes mobilizações relacionadas ao direitos das mulheres.

“Essa oficina servirá para que as participantes olhem para o problema e busquem uma solução para ele. Não vamos conseguir resolver o problema, mas vamos contribuir para a resolução. E não só as mulheres. É importante incluir os homens nesse debate, para eles tomarem pé do problema e serem parceiros”, disse Martha.

Neste sábado (7), , das 9h30 às 12h, o Centro Educacional Unificado (CEU) Vila do Sol, na zona sul, receberá a oficina de “Introdução à Lógica de Programação Aplicada ao Governo Aberto”, aplicada pelo agente Wellignton da Silva. Na oficina, os participantes aprenderão o desenvolvimento da lógica, criatividade e raciocínio por meio da estruturação de algoritmos com base em comandos de programação. Serão desenvolvidos protótipos únicos com base em dados de governo aberto, focando em temas da cidade e políticas públicas.

Na zona oeste, no CEU Butantã, acontece a oficina “Estratégias de mídias digitais para causas sociais”, ministrada pela agente Carina Ross, das 12h40 às 18h. A atividade oferecerá formação básica de comunicação digital para habilitar cidadãos a utilizarem as mídias digitais para potencializar a voz de demandas sociais. No CEU Rosa da China, na zona leste, entre 9h e 12h20, o agente Fernando Lopes ministrará a oficina de “Técnicas de Criação para Produção Multimídia”, que promoverá a criação de artes para comunicação visual impressa e on-line, trabalhando com softwares livres em exercícios teóricos e práticos.

Na zona norte, o CEU Jardim Paulistano receberá, das 9h às 12h20, a oficina “Compartilhando Informações (independente da mídia)”, ministrada pelo agente Eduardo Pretel. A atividade visa ensinar tecnologias abertas para elaboração de banco de dados e interfaces em plataforma web, utilizando softwares livres para compartilhar informações com outras comunidades.

“Qualquer uma das oficinas que a comunidade, o cidadão ou movimento social participar será um aprendizado, mesmo que não seja de um tema ou assunto relacionado a sua luta ou pleito. As oficinas servem para discutir o assunto e são mais um canal para promover a cultura participativa e transparente”, afirmou Ivaneide de Carvalho, integrante do São Paulo Aberta.

As 1.200 oficinas estão divididas em duas etapas. A primeira, com 24 projetos, começa neste sábado (7) e vai até maio de 2016. A segunda, com os demais projetos, será implantada de maio a novembro de 2016. As atividades são organizadas em quatro eixos: transparência e dados abertos, gestão participativa e mapeamento colaborativo, tecnologia aberta e colaborativa e comunicação em rede.

O edital de seleção, aberto entre julho e agosto de 2015, recebeu 250 inscrições. Destes, foram selecionados 48 projetos, que receberão um apoio mensal de R$ 1.000, durante seis meses. Os agentes formadores deverão realizar 10 horas mensais de formação, além de participar de todos os processos de acompanhamento, formação e discussão do programa com a Prefeitura e elaborar relatórios trimestrais das ações realizadas. A atividades serão realizadas em equipamentos públicos, como os CEUs. A zona oeste liderou a lista com 18 agentes selecionados, seguida pela zona leste, com 11, o centro, com 9, e as regiões norte e sul, com 5 cada uma.

A iniciativa é desenvolvida pela Controladoria Geral do Município (CGM) e pelas secretariais municipais de Cultura, Relações Internacionais e Relações Governamentais, com apoio do Comitê Intersecretarial de Governo Aberto da Cidade de São Paulo (CIGA-SP).

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Crédito: Leon Rodrigues/SECOM
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