Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, em parceria com o Governo do Estado, executa ações de integração para dependentes químicos em situação de vulnerabilidade. Um dos grupos beneficiados é o dos atendidos pelo SIAT II (Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica) Glicério, na região central, que às sextas-feiras recebe as equipes de quatro serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAP S). São eles o SIAT I – Abordagem; SIAT II – Acolhimento Temporário; Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas (AD) e Centro de Referência de Álcool Tabaco e Outras Drogas (CRATOD)

O SIAT II Glicério acolhe 200 pessoas em situação de rua, que lutam contra a dependência do álcool e de outras drogas. Semanalmente os acolhidos participam de atividades de integração, reflexão e lazer como rodas de conversa, jogos e oficinas que envolvem a conscientização de temas importantes como  Novembro Azul, Outubro Rosa, Setembro Amarelo e Consciência Negra.

A unidade realizou, entre 1º de janeiro a 31 de outubro deste ano, um total de 51.200 atendimentos entre acolhimentos e atendimentos de saúde..

 “A cada semana, um dos serviços é responsável pela organização da atividade”, explicou Juliana Tupinambás Galisa, gerente do SIAT II Glicério. “São momentos em que, além de não fazer uso de substâncias, os conviventes aproximam vínculos, trabalham sentimentos, recebem informações sobre autocuidado e sobre coletividade.”

 Atividades

A oficina de argila, desenvolvida pelo Centro de Referência de Álcool Tabaco e Outras Drogas (CRATOD), equipamento do Governo do Estado, por exemplo, permitiu que os servidores das secretarias municipais da Saúde e da Assistência e Desenvolvimento Social, que atuam em conjunto no SIAT, observassem as emoções reproduzidas pelos beneficiários.

“A proposta foi trabalhar o que eles estavam sentindo naquele momento. A argila também permite a construção a partir do nada e até a desconstrução”, disse Raquel Carvalho, Diretora Técnica de Saúde do CRATOD.

De acordo com os movimentos, mais leves ou pesados, os profissionais puderam avaliar como cada convivente do equipamento tem lidado com suas questões.

Dennis Vinicius Tironi, 25, que frequentou a Cracolândia, na região da Luz, durante um ano, afirmou que retomou sua vida quando começou a frequentar o SIAT, em 23 de agosto deste ano.

“Sei que vou vencer. Sou capaz", enfatizou o jovem, que já planeja seu futuro no SIAT III, onde passará a ter capacitação profissional.

.“A integração torna as equipes e os serviços ainda mais potentes”, explicou Raquel. “A Saúde Mental na região Central melhorou muito com o SIAT. Antes, os usuários que faziam acompanhamento no CAPS AD e no CRATOD não tinham onde ficar. O acolhimento pelo SIAT é que faz com que esse cuidado seja levado para frente”, acrescentou”.