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Segunda-feira, 12 de Abril de 2021 | Horário: 09:01
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Rede Municipal de Ensino investe no desenvolvimento de hábitos de leitura infantil

Conheça os projetos da Secretaria Municipal da Educação que aproximam as crianças da literatura

*Fotos tiradas antes da Pandemia de Covid-19*

Com as restrições impostas pelo novo coronavírus, o exercício de sair de casa tornou-se reservado apenas aos momentos necessários. E em período de restrições e isolamento, mais do que nunca, os livros podem se tornar uma agradável companhia. A leitura possibilita que as pessoas viajem sem sair do lugar, que encontrem exemplos de vida e de superação, e que saiam um pouco da realidade do momento. Se os benefícios são tantos para a população adulta, quando se trata de crianças, eles se tornam ainda mais numerosos.

Segundo dados da última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-livro em parceria com o Itaú Cultural e divulgada em 2020, a única faixa etária que teve aumento de leitores no país foi a de crianças entre cinco e dez anos. Números mostram que os leitores da faixa passaram de 67% (2015) para 71% (2019) dos entrevistados. Tal dado é tido como animador, pois o  hábito da leitura na infância possibilita que as crianças desenvolvam importantes habilidades como: aumento de concentração, desenvolvimento da compreensão, estímulo da criatividade e da imaginação, aumento do vocabulário e da fala, e estímulo de qualidades como a empatia.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), desenvolve projetos que incentivam e valorizam esse hábito na Rede Municipal de Ensino. Através de atividades curriculares e extracurriculares, os profissionais da SME colocam os estudantes em contato com os processos da leitura e da escrita desde os anos iniciais do Ensino Fundamental. No mês da Celebração à Literatura Infantil, conheça mais sobre algumas experiências exitosas do município.

Sala de Leitura

Um dos projetos mais longevos e abrangentes da capital, a Sala de Leitura já existe há 49 anos. O programa possui um espaço físico próprio disponível em todas as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs), e Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio (EMEFMs). Com um grande acervo de livros, as salas contam com um professor, denominado professor orientador da Sala de Leitura, que ministra uma aula semanal para todas as turmas do primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental, e também para as turmas do Ensino Médio.

Assistente Técnico de Educação e integrante da Coordenadoria Pedagógica do Núcleo Técnico de Currículo da SME, Samir Ahmad dos Santos Mustapha, enfatiza a importância do projeto na grade curricular, já que semanalmente, a Sala de Leitura possibilita que os estudantes tenham um momento para desenvolver o gosto pela leitura e aumentar o repertório literário. “Dentro dessas aulas, o professor atende todas as faixas etárias, trabalha gêneros literários de acordo com a idade do grupo, faz empréstimo de livros para os estudantes e trabalha a mediação'', destaca Mustapha.

O processo de mediação de leitura é bem trabalhado na Rede Municipal de Ensino. Tal ação, defendida por muitos teóricos da área da educação, consiste na difusão do hábito de pessoas mais velhas lerem para as mais novas, de modo a incentivar a atividade. Por isso, é muito importante para o desenvolvimento dos estudantes que pais, mães e responsáveis leiam para os filhos. “Nas escolas da rede, não só o professor lê para o seu aluno, mas os alunos leem para os outros alunos”, explica Mustapha.

Academia Estudantil de Letras

Diferente do Projeto Sala de Leitura, a Academia Estudantil de Letras (AEL) acontece no contraturno. Existente na Rede Municipal há 15 anos, e inspirada nas autênticas Academias de Letras, a AEL é um espaço de convivência literária com as devidas adaptações para o público estudantil.

Os estudantes e as escolas da rede que têm interesse no projeto participam fora da sua jornada de aulas. “É um projeto de educação integral que amplia o horário de atendimento aos alunos. Esses estudantes ficam mais tempo na escola, ou antes ou depois da sua aula regular, e participam da academia”, explica Mustapha  que também é Coordenador do projeto AEL.

Neste programa, os estudantes participantes escolhem um autor da literatura para ser representado na Academia, e fazem pesquisas e seminários sobre esses autores e obras literárias. Além disso, eles participam de saraus, bate-papos, palestras e têm aulas de estudos literários e de teatro.  Mustapha conta que além do incentivo à leitura, outra atividade importante, a escrita, é desenvolvida na AEL. “A academia tem um diferencial que não tem a Sala de Leitura, que é o incentivo à escrita, à produção autoral, que é um trabalho que no horário regular das aulas é realizado pelos professores de Língua Portuguesa”, afirma.

Bibliotecas dos CEUs

Além dos projetos de incentivo, a Rede Municipal de Ensino conta com as Bibliotecas Pedagógicas nos 48 Centros Educacionais Unificados (CEUs) presentes no município. Este também é um espaço fundamental, pois nele, alunos e comunidades têm acesso a um acervo numeroso de livros e programações diversas realizadas pela Coordenadoria de Gestão dos CEUs.

Os equipamentos educacionais têm como objetivo promover uma educação à população de maneira integral, democrática, emancipatória, humanizadora e com qualidade social. Em suas bibliotecas, existem bibliotecários que fazem um trabalho de mediação e incentivo à leitura e desenvolvem projetos com os participantes.

Leitura em tempos de pandemia

 Com a pandemia da Covid-19, os projetos de incentivo à leitura sofreram  adaptações. O ensino remoto impôs desafios para a Rede Municipal de Ensino, pois no momento, os alunos deixaram de frequentar os espaços físicos com grandes acervos de livros, como as Salas de Leitura e as bibliotecas dos CEUs.

Apesar das adversidades do presente, os professores da SME têm se reinventado positivamente, buscando sempre desenvolver a leitura por meio das telas.  “Os professores estão trabalhando com plataformas digitais, trabalhando leituras digitais também, pesquisando aplicativos, audiobooks, podcasts e sites que disponibilizam obras literárias e estão promovendo a leitura de maneira dinâmica nas aulas on-line”, relata  o  assistente técnico de educação.

Em um período de restrições e isolamento, a Rede Municipal de Ensino tem trabalhado para diminuir a defasagem no acesso à leitura, por entendê-la como um processo transformador na vida dos estudantes de todas as faixas etárias.

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