Notícia na íntegra
Rede SUS da capital oferece atendimento de referência para pessoas com doença Falciforme
Este sábado, 19 de junho, é Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme. A data é importante para dar visibilidade à uma disfunção que não apenas tem alta prevalência no Brasil, como também é a enfermidade genética e hereditária mais comum no nosso país e no mundo.
Descrita pela primeira vez em 1910 por James Herrick, em Chicago, foi encontrada na África, em países árabes e na Índia, espalhando-se logo depois por outros cantos do mundo a partir dos fluxos migratórios. No Brasil, por exemplo, chegou durante o período de escravidão, com as pessoas trazidas do continente africano.
A Falsiforme se manifesta mais na população negra (preta e parda) porém, com a miscigenação do Brasil, também pode ser encontrada na população branca com afrodescendência.
Entenda a enfermidade
A doença Falciforme ocorre por conta de uma mutação que transforma o gene da hemoglobina A (HbA), principal constituinte do glóbulo vermelho, em um gene alterado; hemoglobina S (HbS). Existem, ainda, outros genes mutantes da hemoglobina S/Beta talassemia (S/B tal.), as doenças SC, SD, SE e outras mais raras. Apesar das particularidades que as diferenciam, todas essas combinações têm manifestações clínicas e hematológicas semelhantes. Por isso, as condutas são iguais para todas, levando-se em consideração apenas o curso mais ou menos severo de cada uma delas.
Ela ganhou o nome de Falciforme porque, em alguns casos, as hemácias alteradas assumem a forma de "foice" ou "meia-lua". Por conta disso, as hemácias não oxigenam o organismo de maneira satisfatória, em decorrência da dificuldade de circular pelos vasos sanguíneos. Por isso, provoca má circulação do sangue, muitas dores e outros problemas.
Quem tem este mal pode ter anemia hemolítica crônica, maior propensão a infecção e lesão crônica de órgãos e sistemas. No entanto, todas essas manifestações podem ser prevenidas e tratadas com acompanhamento médico, para garantir melhor qualidade de vida aos pacientes.
Rastreamento pelo Teste do Pezinho
O exame de diagnóstico da doença Falciforme faz parte dos exames da Triagem Neonatal, conhecida como Teste do Pezinho, que está tendo grande ampliação na cidade de São Paulo. O exame é colhido nos recém-nascidos ainda na maternidade e é importante para identificar uma série de doenças metabólicas, genéticas ou endócrinas, antes de os primeiros sintomas se apresentarem.
Já para crianças maiores e adultos, o diagnóstico pode ser feito por meio do exame de Eletroforese de Hemoglobina, disponíveis nas 468 Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo. Veja a lista de endereços das unidades ou use a ferramenta Busca Saúde para encontrar a UBS mais próxima de sua residência.
Após o diagnóstico, o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento em um serviço especializado ou centro de referência, com apoio de um hematologista e outros especialistas. O acompanhamento médico é feito durante toda a vida.
Onde buscar atendimento
Na capital, o público pode buscar atendimento nos seguintes Centros de Referência para o Acompanhamento aos Portadores de Hemoglobinopatias (CRAPH):
Para atendimento de adulto e criança:
• Hospital São Paulo;
• Hospital das Clínicas;
• Hospital Santa Marcelina;
• Hospital Brigadeiro;
• Santa Casa.
Para atendimento infantil:
• Hospital Municipal Menino Jesus;
• Hospital Cândido Fontoura;
• Darcy Vargas.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem garantido avanços tecnológicos no controle da doença Falciforme por meio da hemorrede e hospitais de referência, garantindo melhora da saúde da população.
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