Notícia na íntegra
Seminário ajuda mulheres a lidarem com luto e quebrarem paradigma da morte
Mais de cem mulheres, entre pesquisadoras, servidoras públicas e mães da cidade de São Paulo, participaram na tarde desta sexta-feira (15), no auditório da sede da Prefeitura, do seminário “Luto Materno e Luto Parental”. Promovido pela Secretaria Municipal de Serviços, em parceria com o programa São Paulo Carinhosa, o evento tem como objetivo abordar formas diferentes de lidar com a morte, em especial com as perdas na família, além de buscar quebrar a invisibilidade do Serviço Funerário Municipal perante os cidadãos.
O seminário faz parte da programação do “Ser Mãe São Paulo”, que tem mais de 400 atividades espalhadas no mês de maio, e também integra a estratégia da nova abordagem do Serviço Funerário de humanizar o trabalho e desmistificar a imagem dos cemitérios. Em comemoração do Dia das Mães, celebrado no último dia 10, o Coral Paulistano Mário de Andrade apresentou-se nos cemitérios Campo Grande, na zona sul, e Consolação.
“Além de todos os trabalhos importantes da Secretaria de Serviços, como as praças Wi-Fi, tem o Serviço Funerário, que está inovando ao revisitar o tema das perdas e da morte e, principalmente, como a gente trata esse assunto. Por isso, é importante esse auditório estar cheio para discutir o assunto com essa base”, afirmou a coordenadora do programa São Paulo Carinhosa e primeira-dama, Ana Estela Haddad.
“O tema do luto e da morte perpassam outros, como a psicologia, a educação e a formação de nossas crianças. O jeito que encaramos a morte, como no caso do luto infantil, isso pode ter reflexo para o resto da vida”, disse o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro.
Entre as atividades do seminário “Luto Materno e Luto Parental”, a psicóloga clínica especializada em crianças Dora Lorch palestrou sobre o luto infantil, enquanto a coordenadora do Laboratório de Estudos Sobre a Morte da Universidade de São Paulo (USP), Maria Julia Kovács, abordou a questão do luto materno.
“O luto é transmutar a perda da pessoa querida em saudade e isso vira memória, que é a coisa mais viva que temos. Os cemitérios são parques de memória e, que me desculpem os antropólogos, não são cidade de mortos”, afirmou a superintendente do Serviço Funerário, Lúcia Salles França Pinto.
A superintendente também fez uma palestra para as participantes sobre o trabalho que vem sendo feito e o paradigma da morte. “Nosso servidor demora entre 5 a 7 anos para falar onde trabalha. Ele diz que simplesmente é a Prefeitura. O cidadão passa pelo sepultador e faz o sinal da cruz. Na saída do cemitério, bate os pés. A morte é um tema tabu, e é preciso mudar”, disse a superintendente do Serviço Funerário.
Lúcia é a primeira mulher a coordenar o serviço na cidade, que tem mais de 200 mortes por dia, cerca de 72 mil por ano, conta com 1.300 funcionários e 66 veículos que atuam nos 22 cemitérios municipais. “A presença da mulher no Serviço Funerário traz o olhar em leque, que é característico da mulher, e isso é importantíssimo”, afirmou.
“Estamos tentando imprimir uma linha, orientada pelo prefeito, de humanizar o Serviço Funerário e modernizar sua gestão. Por exemplo, temos áreas verdes fantásticas que são parte dos cemitérios, como na Vila Formosa ou na Cachoeirinha, que poderiam ser espaços que a população frequentasse sem medo e sem problema”, afirmou Simão Pedro.
“A Secretaria da Serviços, que poderia ter sido uma secretaria de fundo, tem sido uma secretaria de frente, que tem encarado desafios importantes”, afirmou Ana Estela.
Fotos
Credito: Cesar Ogata/SECOM
Foto 1 | Foto 2 | Foto 3 | Foto 4 | Foto 5
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
E-mail:
imprensa@prefeitura.sp.gov.br
Facebook I
Twitter I
Instagram I
TikTok I
YouTube I
Acervo de Vídeos I
LinkedIn
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk