Notícia na íntegra
Terceira edição do Festival de Direitos Humanos seguirá até domingo com shows e atividades gratuitas
O 3º Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas Ruas, que reúne mais de 40 atividades gratuitas de cinema, teatro, música, oficinas, exposições, debates e intervenções urbanas, seguirá promovendo a cultura da tolerância e da diversidade por todas as regiões da cidade de São Paulo até o próximo domingo (13). O evento foi aberto no último domingo (6) no Espaço Cidadania nas Ruas, montado no Vale do Anhangabaú, que foi transformado em praça verde com plantas, sombras, redes, bancos, área de lazer e descanso. A iniciativa da Prefeitura de São Paulo conta com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além do seminário “Segurança Pública e Direitos Humanos”, que acontece nesta sexta (11) no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, e do lançamento do calendário “Minha São Paulo”, no sábado (12), no Vale do Anhangabaú, o destaque da programação fica para um grande show de encerramento, que será realizado na área externa do Auditório Ibirapuera. A festa contará com apresentações de artistas de diferentes gêneros e gerações da música brasileira, como Elza Soares, Criolo, Mano Brown, Ney Matogrosso, Pitty e Ava Rocha, a partir das 17 horas do domingo (13).
“O tema dos Direitos Humanos é muito importante, sobretudo, neste momento em que vemos sinais de intolerância. Por isso, não devemos deixar isso crescer, ao contrário. Temos que enfrentar a intolerância, a discriminação e o preconceito com ações de fraternidade, generosidade, congraçamento e homenagens”, afirmou o prefeito Fernando Haddad, na noite desta quinta-feira (10), durante o o 2º Prêmio de Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns e o 3º Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos, que reconhece projetos de escolas, alunos e professores da rede pública municipal. Os prêmios foram celebrados no Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“Em que pese tantas dificuldades que estamos vivendo hoje, temos que continuar a ter esperanças e a cada dia, fazer o melhor de nós para melhorarmos o Brasil, a democracia e as nossas instituições para conseguirmos que os nossos sonhos sejam realizados”, disse o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy.
A homenageada da noite foi a ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, que recebeu o prêmio das mãos do prefeito.Nascida em Uirauna, na Paraíba, Erundina é assistente social por formação, foi primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita de São Paulo, entre 1989 a 1993, e atualmente é deputada federal. “A premiação é uma oportunidade para expressar minha enorme gratidão a São Paulo, pelo muito que essa cidade tem feito por mim, com meus irmãos e irmãs nordestinos, pelos migrantes do mundo inteiro, que correm para cá em busca de sobrevivência, de trabalho, realização profissional, enfim, em busca da felicidade”, disse a ex-prefeita.
“Nós, no Brasil, muitas vezes somos educados pelos nossos pais, ouvindo amigos e familiares dizerem que os políticos do País não prestam. Sabemos que isso não é bem assim e não é bem assim por uma única razão, que é pela existência de pessoas como Luiza Erundina. Ela dignifica a vida pública, dignifica a luta política, dignifica virtudes e valores que aprendemos desde cedo em casa”, afirmou o prefeito.
Além de projetos sociais como a alfabetização para adultos em parceria com o então secretário da Educação, Paulo Freire, e habitacionais como os mutirões voltados aos mais pobres, ambos realizados durante sua gestão na capital paulista, a trajetória de Luiz Erundina ainda conta com a liderança de ligas camponesas de Campina Grande contra a Ditadura Militar, ainda na década de 1970, enfrentando preconceito de gênero.
“Quando cheguei a São Paulo, levei um tempo para me adaptar ao ritmo do dinamismo desta gigantesca cidade, mas hoje, não sei viver em outro lugar, depois de ter plantado minhas raízes no solo fértil dessa megalópole. Diferentemente de quando aqui cheguei, é aqui que me sinto em casa e para onde tenho pressa de voltar. São Paulo mudou muito nas últimas quatro décadas”, disse Luiza Erundina.
Criado em 2013 como Prêmio de Direitos Humanos, a primeira edição da premiação homenageou Dom Paulo Evaristo Arns, reconhecido pela promoção e defesa dos direitos humanos. Em 2014, o vencedor foi Frei Betto. Erundina foi escolhida pela comissão julgadora em uma lista tríplice, definida como vencedora pelo prefeito Haddad. A comissão julgadora dos dois prêmios foi composta por nomes como Maria Victoria Benevides, Maurício Piragino, Moacir Gadotti, Vera Masagão, Margarida Genevois, Flávia Inês Schilling, Marco Antonio Barbosa, José Sergio Fonseca Carvalho e Emerson de Oliveira Souza.
“Não só a cidade de São Paulo tem que agradecer a Luiza Erundina. O Brasil tem que agradecer. Como secretária de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, posso dizer que todas as mulheres do Brasil tem orgulho de ter você como a grande mulher que é. Com cargo ou sem cargo, você é eleita pelo fato só de ser você, o que já é muito”, disse a secretária de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Eleonora Menicucci.
Também participaram do evento os secretários municipais Benedito Mariano (Segurança Urbana), Vicente Trevas (Relações Internacionais) e Denise Motta Dau (Política para Mulheres).
Escolas
Com o objetivo de incentivar e fortalecer iniciativas de afirmação da cultura de direitos humanos dentro das escolas municipais, o 3º Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos contou com 171 projetos inscritos para quatro categorias. Na categoria Unidades Educacionais, o projeto vencedor foi “Autonomia Indígena e Gestão Escolar Democrática: uma construção em curso no CECI Jaraguá”, que trata das ações desenvolvidas com alunos da unidade da zona sul, que atende crianças indígenas.
“O protagonismo desses projetos revela uma juventude que pensa, uma juventude que busca e a rede municipal tem mostrado isso. Desde o início do ano, fomos a todas as regiões dialogar. E nas 13 regionais, quando chega a hora da fala dos alunos, nunca há uma reivindicação individual. Ela sempre coletiva, pensando no bem de todos e do outro”, afirmou o secretária municipal da Educação em exercício, Emília Cipriano.
Na categoria Grêmios Estudantis, o projeto vencedor foi “Aprendendo a ser cidadão ciclista em São Paulo” da EMEF Professora Maria Antonieta D´Alkimin Basto, no Butantã. Na mesma categoria, ainda foi entregue um prêmio de menção honrosa para o projeto “Jornal Grêmio Estudantil ´Carlo Giuliane’ – Folha do Gusmão” da EMEF Alexandre de Gusmão, de Guaianases. Nas categorias Estudantes e Professores, os projetos vencedores foram, respectivamente, um projeto de bicicletário nas escolas e de adaptação de currículo.
“Tivemos mais que o dobro de projetos do ano passado e creio que entre os avanços, podemos destacar uma constatação de que nesses projetos neste ano aparece com mais concretude a noção de direitos humanos associada a noção de democracia, de luta pela democracia, pela participação política e por todos os valores que estão inerentes a palavra democracia, como a liberdade, igualdade e solidariedade. Na escola, isso está ligado diretamente ao respeito ao outro”, disse Maria Victoria Benevides.
FOTOS
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