Prefeitura de São Paulo

Com o objetivo de estimular a autonomia e reduzir o desperdício de alimentos, a Prefeitura implantou o Projeto de Autosserviço em suas escolas. A iniciativa já alcança mais de 39 mil estudantes, entre bebês, crianças, jovens e adultos,  em 130 unidades da capital.

Para implementar o autosserviço as unidades participam de um curso on-line de formação, promovido pela Coordenadoria de Alimentação Escolar (CODAE), e desenvolvem um projeto que é analisado por um nutricionista. A prática deve estar inserida dentro do Projeto Político Pedagógico, sendo resultado de um processo coletivo que envolve toda a comunidade escolar.

A prática está inserida em um contexto de diversas possibilidades e permite que as unidades trabalhem uma série de questões como valores culturais e simbólicos dos alimentos, convivência social, desperdício, hábitos saudáveis e sustentáveis. No Centro de Educação Infantil (CEI) Maria da Gloria Freire Lemos, localizada na Zona Leste, por exemplo, a equipe fez uma série de mudanças para tornar o ambiente mais acolhedor durante as refeições, como toalhas nas mesas do refeitório e balcões com altura adaptada.

As crianças que frequentam a unidade são convidadas pelas professoras a irem ao refeitório quando sentem a necessidade de se alimentar e, depois de comerem, retornam às salas. A prática torna o processo dinâmico e autônomo, além de promover também o respeito à individualidade. Os pequenos também podem escolher em que mesa irão se sentar. Esse momento promove a socialização entre as crianças de diversos agrupamentos.

Já na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Henrique Pegado, na região Leste, a iniciativa de buscar o autosserviço partiu dos alunos, que notaram a questão do desperdício nas refeições durante o processo de pesquisa para os Trabalhos Colaborativos de Autoria (TCA). A ação contou com a participação de toda a comunidade escolar, incluindo diálogo com as famílias sobre o cardápio e o impacto da alimentação saudável na vida dos estudantes.