Prefeitura de São Paulo

Por: Giulia Rodrigues

Fortalecer a rede de enfrentamento à violência de gênero. Esse foi o objetivo que uniu a Supervisão de Assistência Social (SAS) Pirituba/Jaraguá, o Núcleo de Proteção Jurídico-Social e Apoio Psicológico (NPJ) e o Serviço de Proteção Social à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (SPVV) Pirituba, em torno do seminário “Violência de Gênero no Território: Proteção, Rede e Cuidado”. A iniciativa faz referência ao agosto Lilás, mês marcado pela campanha de conscientização e combate à violência contra a mulher, que tem como foco principal alertar a sociedade sobre a importância de promover a igualdade de gênero e combater todas as formas de abuso. 

Além dos serviços da assistência social, o seminário contou com a presença de representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). Durante o encontro, foram distribuídas cartilhas sobre o enfrentamento à violência de gênero e apresentadas experiências e protocolos de atuação de diferentes equipamentos municipais e estaduais. 

Aline Lima abre a primeira mesa discussões do seminário - Foto: Acervo/SMADS

Os debates foram divididos em três frentes. Na mesa de abertura, representantes da Supervisão de Assistência Social (SAS) Pirituba/Jaraguá, da 9ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e do Centro de Integração e Cidadania (CIC) Oeste abordaram os desafios da proteção às mulheres em situação de violência. “Quando iniciei meu trabalho na rede socioassistencial, compreendi meu papel como servidora pública e, sobretudo, como mulher. A partir dessa experiência, percebi que minha função na rede é acolher e oferecer escuta qualificada, sem preconceitos, sem julgamentos e, principalmente, sem questionar a palavra de uma mulher que decide expor uma situação de violência”, afirmou Aline Lima, supervisora da SAS Pirituba/Jaraguá. 

Na sequência, a rede de proteção foi tema da apresentação de Bárbara Lopes de Brito, do Centro de Referência Casa da Mulher (CRCM) Brasilândia, que compartilhou experiências e destacou a importância da articulação intersetorial para fortalecer o enfrentamento. “A violência de gênero tem acontecido em larga escala no nosso território, então é imprescindível que falemos desse assunto para que possamos combater juntos todo tipo de violência”, destacou. 

Bárbara Lopes de Brito durante a apresentação sobre redes de proteção - Foto: Acervo/SMADS 

Encerrando o seminário, a mesa sobre cuidado, mediada por Megan Moreira, gerente do Centro de Acolhida para Famílias (CAEF) Taipas, reuniu representantes da Supervisão Técnica de Saúde (STS), da Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) e das Equipes Especializadas no Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas e/ou Testemunhas de Violência (EEV) de Pirituba, para discutir o papel do acompanhamento integrado no apoio às mulheres vítimas de violência.  

O evento foi marcado pela troca de experiências, pelo fortalecimento da rede e pela reafirmação do compromisso coletivo com a proteção e o cuidado das mulheres.