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Terça-feira, 12 de Agosto de 2025 | Horário: 13:30
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São Paulo terá segunda réplica no mundo do quarto onde Anne Frank se escondeu na 2ª Guerra

Espaço Anne Frank terá investimento total de R$ 26 milhões, sendo R$ 2 milhões de aporte da Prefeitura e funcionará no Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto

A cidade de São Paulo será a segunda no mundo a ter uma réplica do quarto onde viveu a adolescente alemã de origem judaica Anne Frank, vítima do Holocausto. Com investimento total de R$ 26 milhões — sendo R$ 2 milhões de aporte da Prefeitura de São Paulo —, o Espaço Anne Frank tem inauguração prevista para janeiro de 2026 e ficará localizado em um espaço anexo ao Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto, no Bom Retiro, região central de São Paulo. 

Para ser concebido, o projeto passou por autorização da Fundação Anne Frank, sediada em Amsterdã, na Holanda, que administra o museu que preserva o local onde a família Frank se escondeu durante a Segunda Guerra Mundial. O local será uma réplica fiel do quarto onde a adolescente judia viveu escondida com a família, em Amsterdã, durante dois anos, para escapar da perseguição nazista.

“A história de Anne Frank traz uma lição universal sobre intolerância e humanidade. Ao criar este espaço, queremos garantir que as novas gerações conheçam o que aconteceu para que tragédias como o Holocausto nunca mais se repitam”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes durante o anúncio da criação do Espaço Anne Frank, nesta terça-feira (12).

Anne Frank, autora de um dos livros mais lidos do mundo, o “Diário de Anne Frank”, tornou-se símbolo da resistência e da memória do Holocausto. Morta em um campo de concentração aos 15 anos, sua história segue inspirando ações de preservação da verdade histórica e de combate ao ódio.

O espaço integrará o circuito de museus da capital e terá programação de visitas para todas as escolas municipais. A expectativa é de receber 150 mil visitantes no primeiro ano.

A sobrevivente do Holocausto Suzana Venetianer, de 84 anos, defende o Espaço Anne Frank para que ninguém esqueça essa história. “Com três, quatro anos, são os pais que contam o que aconteceu para a gente. Vou completar 84 anos e ainda tenho na memória tudo o que passei. Mas daqui a pouco não vou mais me lembrar. Esse espaço será muito importante, para ninguém esquecer tudo o que aconteceu”, afirma. 

Suzana esteve em um campo de concentração nazista e foi separada dos pais. “Minha mãe foi levada, meu pai foi levado. Felizmente viemos para o Brasil, esse país foi maravilhoso onde meu marido e eu crescemos, estudamos, casamos, tivemos filhos, ganhamos dinheiro, trabalhamos e nos tornamos bons profissionais. Crescemos e ajudamos este país a crescer”, finaliza.
 

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