Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Herbário publica Inventário de Flora e Vegetação dos Parques Municipais
Cedro, ipê-amarelo, jequitibá, pitangueira e pinheiro-do-paraná – espécie típica da Mata Atlântica que deu origem ao nome do bairro de Pinheiros. Entre as 4.593 espécies vasculares registradas em São Paulo no último século, 74,2% são nativas da cidade. Sejam urbanos, lineares ou naturais, os parques conservam remanescentes do bioma e auxiliam a regeneração natural dos ecossistemas. Em fevereiro, mês em que comemorou seus 35 anos de existência, o Herbário Municipal divulgou o Inventário de Flora e Vegetação dos Parques Municipais de São Paulo.
Dividido por regiões, o documento apresenta, além do nome popular e científico, os tipos e destaques entre as plantas de cada parque da capital, com evidência também para as espécies ameaçadas de extinção. A introdução contextua a adaptação das áreas verdes do município ao processo de urbanização. Um exemplo disso é a presença dos eucaliptais em diversos parques, como Anhanguera, Aclimação, Burle Marx, Carmo, Colina de São Francisco, Guarapiranga, M’Boi Mirim, Piqueri e Senhor do Vale. Todos eles estão implantados em locais antes ocupados por sítios e fazendas de produção comercial dessas árvores.
No Parque Ibirapuera, por exemplo, os eucaliptos foram fundamentais para conter as inundações típicas das áreas de várzea. No Parque Ecológico Profª Lydia Natalízio Diogo, assim como nos parques Independência e Raul Seixas, o paisagismo e a função de quebra-vento – barreira natural que defende a vegetação da ação de ventanias – explicam seu uso. Os eucaliptais estão presentes inclusive no nome de uma área verde localizada no Morumbi. Assim como muitos outros, o Parque dos Eucaliptos já foi uma região de plantio e comércio da espécie de origem australiana, inserida no Brasil ainda no século XIX.
A preservação da flora é essencial para toda a biodiversidade, além de benéfica para atenuar problemas ambientais ao proteger a fauna e o solo, diminuir consequências de fortes chuvas e melhorar da qualidade do ar. Por isso, a coleta de sementes e a produção de mudas, ações que evitam a extinção das espécies, estão previstas no Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA). Junto a outras publicações, como o Inventário da Fauna Silvestre e o Inventário da Biodiversidade, basta acessar o site da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) para consultar e baixar o arquivo.
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