Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Segunda-feira, 20 de Junho de 2022 | Horário: 12:21
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Parques Tenente Brigadeiro Roberto Faria Lima e Ecológico de Campo Cerrado fazem aniversário nesta segunda-feira (20)

Os espaços ficam localizados na região norte e oeste da capital, respectivamente

Nesta segunda-feira (20), os parques Tenente Brigadeiro Roberto Faria Lima e o Ecológico de Campo Cerrado – Dr. Alfredo Usteri fazem aniversário. Inaugurados na década passada, os dois espaços possuem grande riqueza de fauna e flora.

Parque Tenente Brigadeiro Roberto Faria Lima

Começando pelo mais antigo, o Parque Tenente Brigadeiro Roberto Faria Lima completa 18 anos. Situado na zona norte da cidade, sua infraestrutura conta com pistas de caminhadas, paraciclo, campo de futebol, quadra poliesportiva, playgrounds e áreas de circulação acessíveis.

Situado na zona norte, no Parque Novo Mundo, a região possui grande importância histórica para a cidade, pois os portugueses atracaram suas caravelas às margens do rio Tietê, além de pescarem durante o dia para se alimentar e continuar as expedições ao interior do país.

O parque possui este nome em homenagem ao oficial da Aeronáutica, que também foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) em 1961 e prefeito de São Paulo de 1965 a 1969.

A sua flora é composta por bosques heterogêneos, áreas ajardinadas e horta. Dentre os destaques estão: cabeça-branca (Euphorbia leucocephala), cacto-candelabro (Euphorbia ingens), cinamomo (Melia azedarach), eucalipto (Eucalyptus sp.), falsa-seringueira (Ficus elastica), ipê-de-el-salvador (Tabebuia rosea), jambeiro (Syzygium jambos), jatobá (Hymenaea courbaril), jerivá (Syagrus romanzoffiana), magnólia-amarela (Magnolia champaca), paineira (Ceiba speciosa) e pau-d’água (Dracaena fragrans). Além disso, já foram registradas 73 espécies vasculares, das quais algumas estão ameaçadas de extinção, como é o caso do pau-brasil (Paubrasilia echinata) e o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia).

Já na fauna, 34 espécies de aves e oito de borboletas são comumente encontradas no parque. Os animais mais comuns são: gavião-carijó, tuim, anu-preto, beija-flor-de-peito-azul, pica-pau-do-campo, bentevizinho-de-penacho-vermelho, pitiguari, tico-tico e sabiás, além da corujinha-do-mato e coruja-orelhuda.

 

 


Parque Ecológico de Campo Cerrado – Dr. Alfred Usteri

Por outro lado, o Parque Ecológico de Campo Cerrado é o primeiro parque municipal criado para a conservação da vegetação campestre. Completando 12 anos, o local é fechado ao público, mas para finalidade de pesquisas científicas é possível conhecer o espaço agendando pelo telefone 5187-0253.

Localizado no Butantã, região que servia como rota de passagem de bandeirantes e jesuítas que se dirigiam ao interior do país. A sua vegetação foi documentada no trabalho do botânico Alfred Usteri em 1911, contendo diversas espécies típicas do bioma Cerrado.

O próprio botânico recebeu a homenagem com o nome do parque devido ao seu trabalho quando nomeado professor de botânica na Escola Politécnica de São Paulo, tendo registrado a flora dos arredores da cidade, com cerca de 800 espécies. Além disso, também produziu vários textos antropológicos e, em seus últimos anos, vários trabalhos sobre a relação da botânica com a antroposofia (a filosofia espiritual baseada nas ideias de Rudolf Steiner).

Em sua fauna, aves como o quero-quero, beija-flor-tesoura, bem-te-vi, joão-de-barro, sabiás e o sanhaço-cinzento são observadas com facilidade no local.

A vegetação da área é composta por Mata Atlântica em estágio inicial de sucessão, campo antropizado (com espécies típicas de cerrado) e área ajardinada com arborização esparsa. Seus principais destaques são: aldrago (Pterocarpus rohrii), angico-guarucaia (Parapiptadenia rigida), bico-de-pato-de-folha-miúda (Machaerium hirtum), cambará (Moquiniastrum polymorphum), capixingui (Croton floribundus), cedro (Cedrela fissilis), cipó-de-são-joão (Pyrostegia venusta), gravatá (Eryngium horridum) e tapiá-guaçu (Alchornea sidifolia). Ainda existem 96 espécies vasculares e dentre elas uma está ameaçada de extinção que é o cedro (Cedrela fissilis).

 

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