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Agosto foi de muita movimentação no Parque do Carmo, com a 42° Festa das Cerejeiras. O evento esteve suspenso por dois anos devido às restrições sanitárias da COVID-19. A época de inverno é marcada pelas 4.000 mil árvores rosadas que se espalham pelo espaço. Houve uma programação especial e inédita no Planetário do Carmo, tenda astronômica, apresentações culturais de danças folclóricas, 40 barraquinhas de comidas típicas japonesas e a organização da Federação Sakura e Ipê do Brasil. No total, foram 401.710 visitantes durante o mês, somente 255 mil no primeiro final de semana – o ponto alto das comemorações.

A região abriga o maior número de descendentes japoneses da província de Okinawa no Brasil e um monumento em homenagem aos 100 anos da Imigração Japonesa. Todos os anos a comunidade tem a tradição de realizar o "Hanami" no evento, que consiste em ficar abaixo das cerejeiras e contemplá-las durante um bom período.

O Planetário do Carmo apresentou as sessões “Estrelas e Princesas: Lendas da Cultura Japonesa” e assim o público pôde embarcar nas histórias da viagem feita pelo Kassato Maru, acompanhando as estrelas observadas pelos imigrantes no caminho do porto de Kobe até o de Santos. Além da exposição sobre a cultura nipônica, haviam também quadros de mangá e curiosidades sobre a culinária típica no Planetário, que recebeu mais de 10 mil visitantes em agosto.

A cerejeira também é conhecida como Sakura, que segundo a lenda japonesa é o nome da princesa Konohana Sakuya Hime, que teria caído do céu nas proximidades do Monte Fuji, transformando-se na flor cor-de-rosa.
Acredita-se também que ela tem sua origem na cultura do arroz, considerando que sua floração antecede a colheita do grão. A parte “kura”, em tradução livre, é o depósito onde se guarda arroz, alimento básico da cultura oriental e considerado uma dádiva