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Terça-feira, 16 de Março de 2021 | Horário: 10:41
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Dois hospitais municipais passam a realizar cirurgias bariátricas na capital

Bariátrica, a cirurgia que devolveu saúde e qualidade de vida para Janecleide
1242584-Cirurgia Bariátrica no Hospital Municipal Vila Santa Catarina

A dona de casa, residente na Zona Leste, é uma das pacientes beneficiadas pelo Programa de Combate à Obesidade da capital. Animada, divertida e de bem com a vida. Assim é a dona de casa Janecleide dos Santos, de 48 anos, que já brigou muito com seu peso. E como muitas outras mulheres, Jane é guerreira e determinada.

Com o ponteiro da balança na casa dos três dígitos, ela viu a pressão arterial aumentar e os joelhos começarem a doer. Mas em 26 de novembro deu uma guinada em busca da qualidade de vida e foi submetida a uma cirurgia bariátrica.

O procedimento foi realizado dentro do Programa de Combate à Obesidade da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que desde a segunda quinzena de outubro de 2020 passou a operar pacientes da rede de Atenção Básica em dois hospitais municipais: o Hospital Gilson de Cássia Marques de Carvalho, conhecido também por Vila Santa Catarina, e o Hospital Vereador José Storopolli, o Vila Maria.

Mensalmente podem ser atendidos 60 casos de pacientes com IMC (Índice de Massa Corpórea) superior a 40, submetidos à avaliação pré-operatória, cirurgia e acompanhamento pós-operatório.

Jane conta que nunca foi obesa

“Pesava 50 quilos”, diz ela, que teve sua intervenção realizada no Hospital Vila Santa Catarina, na Zona Sul. “Tive a primeira filha em 1987 e voltei ao meu corpo. Em 89 engravidei de novo e emagreci depois. Foi na gravidez da caçula, hoje com 27 anos, que comecei a engordar e a não conseguir voltar ao peso, apesar de sempre tentar emagrecer”, recorda.

Há nove anos Jane notou que havia engordado demais, chegando aos 103 quilos. Tomou muito remédio, fez dietas da moda, mas assume: não fazia atividade física.

“Para minha sorte, apareceu no posto de saúde do meu bairro (a UBS Recanto Verde Sol, em São Mateus, Zona Leste), um grupo com psicóloga, nutricionista, fisioterapeuta e educador físico. Em dois anos e pouco emagreci dez quilos mas, tempos depois, engordei de novo”, lembra-se.

Intervenção por videolaparoscopia

A balança marcava 102 quilos quando novamente Jane foi procurar ajuda na rede municipal. Ela retomou a dieta e os exercícios e, por ter comorbidades e alto índice de massa corpórea, foi encaminhada para a cirurgia.

Na preparação para o procedimento ela emagreceu quatro quilos. Foi quando chegou aos 98 quilos e IMC 46 que a dona de casa de apenas 1,46m de altura foi para a mesa de cirurgia. O método utilizado foi o By pass, por videolaparoscopia. Ela ficou três dias e meio internada e, ao final da primeira semana, comemorava sete quilos a menos.

Ao subir na balança digital no retorno ao hospital, uma grata surpresa: 87,650 kg. O IMC baixou para 41 e a pressão arterial marcava 12 por 8.

O médico cirurgião Oscar Birkhan revela que a paciente teve uma boa perda de peso. A meta de uma bariátrica é diminuir pelo menos 50% do excesso de peso da data da operação. Jane operou com 44 quilos a mais, a meta, então, é perder no mínimo 22 quilos deste total. Mas 43 dias após o procedimento, no dia 8 de janeiro, a paciente tinha conseguido eliminar 11 quilos. Na ocasião, ela ainda seguia com a dieta pastosa, com uma série de restrições. Mas era um começo animador.

Em 4 de fevereiro era dia de passar em consulta com a nutricionista. Antes de saber o que poderia acrescentar ou evoluir na dieta, Jane foi para a pesagem obrigatória. A balança novamente dava boas notícias. O peso baixara para 84,200 kg e o IMC de 39,5 já não está na faixa mais severa do grau de obesidade. Os alimentos sólidos foram liberados, com a atenção redobrada à mastigação.

A paciente revela que depois de iniciar essa nova fase, sentiu alguns enjoos. “Agora estou me sentido bem e me adaptando, principalmente ao arroz. Como uma colherinha e, aos poucos, vou tentando outros alimentos para conseguir comer de tudo em pequenas porções. No total, considerando os 102 quilos que a levaram a buscar ajuda, já eliminou 18 quilos.

Jane só se pesa quando passa em consulta e aguarda as orientações para a nova pesagem em virtude da pandemia. Sem ansiedade.

Educação alimentar

A obesidade é considerada uma pandemia, devido ao aumento importante de sua prevalência ao longo dos últimos anos, tanto no Brasil quanto em outros países. Em São Paulo, segundo dados da SMS, em 2019 a realidade era de 10 mil indivíduos com obesidade mórbida em 15 mil atendimentos SUS.

No combate à obesidade, a Área Técnica de Saúde Nutricional da rede municipal de Saúde trabalha em programas e ações para promover a melhoria das condições nutricionais da população, com o objetivo de reduzir os impactos da má nutrição na saúde e na qualidade de vida das pessoas

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