Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Plano Diretor ganha debate técnico sobre funções do Parque
O mediador Paulo Cesar Garcez Marins e os convidados Matheus de Vasconcelos Casimiro, Eduardo Flores Auge e Lícia M. A. de Oliveira Ferreira foram os protagonistas do 1º Fórum Temático que compõe a agenda de construção do Plano Diretor do Parque Ibirapuera, reunindo cerca de 80 pessoas. A série de atividades propõe a elaboração de Um Plano Diretor totalmente focado nas necessidades do espaço, respeitadas as visões e conceitos de seus usuários. O documento em construção contemplará todos os objetivos e metas indicados neste processo.
A organização deste Fórum preparou duas salas – uma para abrigar os quase 80 participantes e, outra, para reproduzir as atividades da primeira, caso houvesse necessidade pelo número de pessoas interessadas. O Fórum foi transmitido ao vivo pelas redes. Após os convidados serem apresentados pela Coordenadora de Gestão dos Parques e Biodiversidade, Tamires Carla de Oliveira, foram iniciados os comentários técnicos.
O primeiro a falar foi Matheus de Vasconcelos Casimiro, que abordou a trajetória do parque urbano ao longo do tempo e de que forma seu caráter vai se dando. Isso o levou a refletir sobre o que foi feito na concepção do Ibirapuera – em cima de características da época que, hoje, não se realizariam – até pela legislação presente. Para ele, devemos sempre entender o parque dentro de seu contexto atual, sem perder de vista suas questões históricas.
Em sua apresentação, Eduardo Flores Auge trouxe valiosas contribuições sobre o tema acessibilidade, não apenas nas questões técnicas – inerentes à pasta onde atua – mas, principalmente, por trazer questões básicas (para que vou ao parque? O que esse parque precisa ter para minhas atividades?). A partir delas, falou sobre coisas inimagináveis – de uma simples maçaneta à criação de desníveis em áreas sociais. Ele explorou o aspecto ambiental a partir da visão de quem precisa ter um mínimo de autonomia para frequentar o espaço – seja como cadeirante, seja utilizando uma bengala ou um par de muletas.
O tombamento histórico – de como surgiu até os dias atuais – foi o ponto de partida da exposição de Lícia M. A. de Oliveira Ferreira. O enfoque, extremamente técnico, procurou traçar não apenas esses caminhos, mas mostrar sua evolução ao longo do tempo. Por exemplo, que antes o tombamento se referia a um bem “material”, geralmente vinculado a uma edificação, e que hoje temos o tombamento “imaterial”. A especialista terminou sua apresentação situando os tombamentos no Ibirapuera e toda a legislação que os cerca e os protege.
Todas as etapas já realizadas, segundo a Coordenadora de Gestão dos Parques e Biodiversidade, Tamires Carla de Oliveira, apontam para um importante aspecto: o processo democrático das consultas. “O desafio é grandioso porque estamos falando do Parque Ibirapuera. Embora a SVMA gere o equipamento, quem o utiliza é a população. Além do envolvimento técnico multidisciplinar, que tanto enriqueceu as discussões, pudemos exercitar um processo democrático, ouvindo as pessoas, dialogando e chegando a um senso comum. Não podemos perder isso”.
Processo
As atividades anteriores, realizadas nos dias 13, 17 e 20 de julho, foram fundamentais para enriquecer as minutas dos Planos Diretores dos Parques e para aproximar os usuários, frequentadores e Conselheiros dos espaços. Os temas abordados foram, respectivamente, Projeto Paisagístico e Arquitetônico; Usos e Apropriações, Gestão Ambiental e Serviços Ambientais.
Já a agenda futura inclui pesquisas digitais que podem ser respondidas até o dia 25 de agosto; Consulta Pública, disponível em plataforma digital até o dia 25 de agosto (Ibirapuera) e 26 de agosto (demais parques); outros dois fóruns temáticos, nos dias 16 e 22 de agosto; e duas audiências públicas agendadas, respectivamente, para os dias 14 e 24 de agosto.
Todo o roteiro realizado e a realizar, segundo Tamires Carla de Oliveira, Coordenadora de Gestão dos Parques e Biodiversidade, aponta para um importante aspecto: o processo democrático das consultas. “O desafio é grandioso porque estamos falando de do Parque Ibirapuera. Embora a SVMA gere o equipamento, quem o utiliza é a população. Essa aproximação é importante para vermos como atuamos e compreender todos os limites a serem administrados. O grande envolvimento técnico multidisciplinar tornou todo o processo riquíssimo. Processo democrático é isso: ouvir as pessoas, dialogar e chegar a um senso através de debates, conversas, para as pessoas poderem falar o que pensam e sentem sobre aquilo. E isso não podemos perder!”
AGENDA
2º Fórum: Serviços Ecossistêmicos
Data: 16/08/2019
Horário: 18h30 às 21h30
Local: UMAPAZ – Av. Quarto Centenário, 1268 – Portão 7-A – Parque Ibirapuera
Consulta Pública
Data: até 25/08
Acesso digital: Participe da Gestão urbana.
Audiências Públicas
Data: 14/08/19 - quarta-feira
Horário: 18h30 às 21h30
Data: 24/08/19 - sábado
Horário: 10h às 13h
Local: UMAPAZ – Av. Quarto Centenário, 1268 – Portão 7-A – Parque Ibirapuera
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