Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
ONU propõe “pontos de convergência” para cumprimento de agenda climática
Durante o encontro de líderes mundiais em Madri, capital da Espanha, para a Conferência do Clima – que se encerra na próxima sexta, dia 13, a Organização das Nações Unidas reiterou a necessidade de os países encontrarem “pontos de convergência” para o cumprimento da agenda ambiental. A participação do Brasil nesta COP 25 se resumiu a um encontro, quando Ricardo Salles ouviu duas pessoas e se retirou.
A iniciativa, convocada pelo Instituto Clima e Sociedade e Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, reuniu empresários e parlamentares, com o objetivo de promover o diálogo entre os presentes e o representante do governo brasileiro. Ricardo Salles reiterou que o Brasil busca apoio financeiro para projetos de combate às queimadas.
Um dos oradores foi Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria (uma das ONGs envolvidas na ação da Polícia Militar do Pará, que resultou na operação que prendeu quatro brigadistas em Alter do Chão). Ele declarou ter vivido momentos de pesadelo e que não se conformou por ser acusado de algo que jamais faria (atear fogo na floresta amazônica).
COP e o Brasil
O encontro estava marcado para o Brasil, até o atual governo alterar a agenda, alegando não dispor de recursos para promover a COP 25. A importância do território nacional está intimamente ligada ao porte da floresta amazônica e da biodiversidade – a maior do mundo.
Além da preservação em si, outro ponto importante desta COP foi o mercado de carbono, do qual o país se beneficia. O ministro Ricardo Salles reiterou, inclusive, a necessidade de monetização dos recursos ambientais. Ele se referia ao artigo 6º do Acordo de Paris (2015), que fala dos mercados de carbono; esse assunto precisa ser regulamentado, o que os participantes aguardam para este evento.
Mudanças Climáticas em São Paulo
Os combustíveis fósseis são os maiores responsáveis pela emissão dos gases de efeito estufa (GEE). Após declaração do presidente Jair Bolsonaro de descumprir o Acordo de Paris (2015), o prefeito Bruno Covas reiterou que São Paulo manteria seu compromisso, e coube à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) coordenar tecnicamente o Plano de Ação Climática da cidade.
A expectativa era que os países submetessem seus planos de ação climática em 2020, buscando ações efetivas para reduzir a emissão dos GEE em 7,6% ao ano, entre 2020 e 2030. A ambiciosa meta inclui ainda reduzir as emissões em até 45%, até 2030, e zerá-las até 2050. O objetivo do Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia, responsável pelo atual plano paulista, é limitar em 1,5% o aumento da temperatura, atingindo a neutralidade de emissões até 2050.
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