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Famosas por sua beleza exuberante e que enche os olhos daqueles que visitam sua época de florada, as variedades de cerejeiras do Parque do Carmo trazem mais vida para esta área verde. Desde agosto de 1978, o Parque celebra o desabrochar das flores das mais de quatro mil árvores rosadas plantadas em três bosques, durante a Festa das Cerejeiras. Tradicional do Parque do Carmo, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, o evento é organizado pela Federação Sakura e Ipê do Brasil, mas este ano devido à pandemia de Coronavirus não ocorrerá. Isso não impede que as pessoas visitem e contemplem este show da natureza, pois o Bosque das Cerejeiras está aberto à visitação.

De acordo com o vice-presidente da Federação Sakura e Ipê do Brasil, Sergio Ocimoto Oda, a florada dura de 10 a 15 dias, como não é uniforme e constam três variedades diferentes no espaço (Yukiwari, Okinawa e Himalaia), a área tem flores, sendo o auge, normalmente, na primeira quinzena de agosto. 

Forte símbolo no Japão, as cerejeiras – também conhecidas como Sakuras –, tornaram-se a marca dos descendentes da comunidade nipônica que vive na região de Itaquera e, nesta época do ano, acontece o Hanami, que significa observar as flores. “É o ritual de dar uma parada nas nossas vidas para reflexão e conexão com a natureza. É o momento de reunir familiares e amigos sob as flores para juntos recarregarmos as nossas energias. No Japão, o Hamani antecedia os dias de plantio do arroz e durante o ritual se pedia uma colheita farta”, explica Sergio Oda.

Um fato que surpreende positivamente a Federação, a administração do parque e os visitantes é o tratamento carinhoso com que a população local começou a tratar o bosque. Segundo Sergio, a Festa das Cerejeiras lembra a todos o quanto a natureza é bela e delicada e precisamos cuidá-la para que continue nos fornecendo alimentação e saúde.