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O espaço está encostado ao Parque Vila Guilherme, totalizando uma área verde de aproximadamente 185.000m² que, apesar de juridicamente independentes, é tratada pela população como uma só unidade, conhecida como Parque Vila Guilherme – Trote (PVGT).

O parque foi entregue em 2006 e seria inaugurado inicialmente no dia 2/7, mas isso não ocorreu devido a uma forte chuva, sendo aberto à população sem uma cerimônia ainda em julho. No registro da SVMA consta como inaugurado em 12 de setembro, mais de dois meses depois. Polêmicas sobre o seu aniversário à parte, o Parque do Trote é uma importante área verde para a Zona Norte, conta com pista de cooper e corrida, ciclovia, espaço para alongamento, churrasqueiras, sanitários acessíveis e estacionamento gratuito. O local ainda aceita cães com coleiras e guias.

Seu nome se refere a uma modalidade de corrida de cavalo que ocorria no local no século XIX, organizada pela Sociedade Paulista do Trote. Hábito trazido pelos portugueses, o cavalo dispara usando uma charrete muito leve de madeira e com rodas do tamanho de bicicletas. O animal que deixar de trotar é desclassificado.

O terreno pertencia à antiga Sociedade do Trote, cuja pista foi por muitos anos a única para a prática oficial esporte no país. O Club Hypico da Vila Guilherme ocupava a parte baixa do bairro, junto à várzea do Rio Tietê, onde foram instaladas as cocheiras, arquibancada, bilheterias, pista para saltos, um salão para conferências e um picadeiro fechado.

Em 2020 o parque recebeu obras de requalificação, que incluíram reforma dos sanitários públicos, ciclofaixa, quadras, implantação de Academia para Terceira Idade (ATI) e reparos gerais. Atualmente, está em andamento um contrato de restauro das baias e edificações tombadas como patrimônio histórico pelo CONPRESP, adequando essas partes hoje interditadas para que tenham novos usos pela população e dando acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Esse novo projeto será dividido em fases, e a primeira está prevista para ser entregue em 2023.

A vegetação da área verde é composta por um jardim sensitivo, bosque heterogêneo aberto e áreas ajardinadas. Os principais destaques da flora são: bambu-chinês, ingá-bugio, ipê-branco, ipê-de-el-salvador, palmeira-coca-cola, pau-ferro. Já foram catalogadas também 109 espécies vasculares, das quais estão ameaçadas de extinção: jequitibá-rosa e pau-brasil.

Há o registro de 88 espécies de fauna, incluindo aracnídeos, borboletas e aves. Dentre as aves conhecidas, destaque para as de área aberta, como o quero-quero, beija-flor-tesoura e pica-pau-do-campo. E os rapinantes como o gavião-peneira, que pode ser avistado sobrevoando a área. Sua presença não é bem-vinda para os bem-te-vis e beija-flores que, apesar da diferença de tamanho, enfrentam e afugentam com afinco estes rapinantes.