Prefeitura de São Paulo

Representantes de doze das maiores cidades da América Latina estiveram reunidos no “Workshop regional de qualidade do ar para a América Latina”, em Bogotá, Colômbia, entre os dias 7 e 9 de setembro para conhecer e trocar experiências sobre como integrar a melhoria da qualidade do ar e planejamento da ação climática.

O evento foi organizado pela C40 Cities e pela Secretaria Distrital de Meio Ambiente da Prefeitura de Bogotá, com o objetivo de apoiar e capacitar as cidades na integração dos benefícios da qualidade do ar, enquanto avançam nos seus compromissos de redução das emissões de gases efeito estufa. Também, promover e reforçar a capacidade das cidades-membros para tomarem medidas significativas sobre a qualidade do ar e prover informação e capacitação para que as cidades consigam priorizar ações que visem aumentar a qualidade do ar.

As cidades participantes foram: São Paulo, Salvador, Curitiba e Rio de Janeiro, do Brasil; além de Buenos Aires, Quito, Medelín, Guadalajara, Cidade do México, Lima, Santiago e Bogotá, a anfitriã.

Durante o evento, a C40 apresentou ferramentas para analisar a qualidade do ar e os impactos na saúde das estratégias de reduções de emissões. Com elas, são avaliadas, por exemplo, ações que visam apoiar o intercâmbio das melhores práticas entre pares em relação às intervenções de transporte, como as zonas de baixas emissões (ZBE), discutir a redução de emissões de setores específicos e alinhar os esforços para trabalhar com vista à aplicação das diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a qualidade do ar.

Foram tratados temas relativos a intervenções no transporte para redução de emissões de setores específicos, ressaltando o amplo apoio que precisam. Saúde, qualidade do ar, transporte e dados energéticos podem orientar políticas e implementação de LEZ (zonas de baixa emissão, low emission zone, em inglês). Acelerar a adoção dos ônibus elétricos. Ruas amigáveis: fazer a pé e de bicicleta os modos de transporte preferidos. Realocar o espaço da rua para viagens ativas. Mobilizar atores governamentais, níveis de governo, cidadãos, atores privados, gerar apoio para a redução de veículos, fazer carros parecerem menos atraentes, etc.

O engenheiro agrônomo Fábio Pedó, da Assessoria Técnica em Mudanças Climáticas da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, representou a Prefeitura de São Paulo e fez os seguintes comentários sobre a oficina: “Realmente, foi um workshop muito proveitoso, com interações significativas dos delegados das cidades, entre si e com a equipe de organização. As evidências de qualidade do ar e saúde pública têm apoiado as ações dos planos de ação climática; a colaboração intersetorial pode colocar as cidades no caminho de reduzir as emissões de GEE e atender às Diretrizes de Qualidade do Ar da OMS”.

Além da oficina, os técnicos puderam visitar alguns equipamentos públicos da Prefeitura de Bogotá, em especial a rede de monitoramento de qualidade do ar.

Contexto

A interação entre poluição do ar e fatores meteorológicos pode causar uma “penalidade climática” para milhares de pessoas ao redor do mundo, segundo novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). O documento apontou que o aumento das ondas de calor associado aos incêndios florestais e queimadas neste século deve piorar a qualidade do ar, prejudicando a saúde humana e os ecossistemas.