Prefeitura de São Paulo

Promover o aleitamento materno como aliado na redução de doenças e mortes infantis é o objetivo da Prefeitura durante o Agosto Dourado, campanha criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover a amamentação exclusiva até os seis meses de vida e oferecer suporte efetivo às mães, além de fortalecer as redes de apoio. Neste período a gestão municipal executa atividades como palestras, rodas de conversa e orientações com temas que incluem nutrição para as gestantes, alimentação das puérperas, direitos de quem amamenta e o Estatuto da Criança, nas 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

As UBSs da capital são também espaços de aprendizado. Nelas as mulheres grávidas recebem assistência durante todo o pré-natal, com orientação sobre a importância da amamentação, tanto do ponto de vista nutricional quanto como vínculo entre mãe e bebê. Após o parto, o suporte segue com as puérperas e nutrizes, ajudando-as a manter o aleitamento exclusivo até os 6 meses da criança.

Para a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e do Adolescente, Athene Maria de Marco França Mauro, embora associada ao amor e à plenitude, a chegada do bebê pode provocar sentimentos como tristeza, medo e angústia.  

“Estamos comprometidos com a saúde integral das crianças e, para isso, importa a saúde das mães. A maternidade é uma fase de grandes mudanças físicas, emocionais e sociais. Por isso, é essencial a mulher ter ao seu lado pessoas que a acompanhem, dividam tarefas, cuidem de sua saúde e a acompanhem nas consultas. A mãe precisa de suporte emocional, prático e de informações claras sobre a amamentação”, afirma.

De acordo com Athene,  as gestantes e puérperas encontram nas UBSs uma rede de apoio além dos laços familiares.  Por isso, enfatiza a importância do comparecimento às consultas de pré-natal, puericultura e puerpério. “Nesses encontros as equipes de saúde apoiam as mães, para que não desistam de amamentar”,  enfatiza.

Alimento completo

O leite materno reúne todos os nutrientes, proteínas, gorduras, vitaminas e água que o bebê precisa até os seis meses. De fácil digestão, aumenta sua produção com o aumento das mamadas. Protege contra infecções respiratórias, diarreia, alergias, hipertensão, diabetes e colesterol alto, além de contribuir para o desenvolvimento cognitivo e da saúde bucal. A amamentação também reforça o vínculo afetivo com o bebê, ajuda a reduzir o sangramento pós-parto, contribui para o retorno do útero ao tamanho normal, tem efeito contraceptivo e reduz o risco de câncer de mama, útero e ovário.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde, seguida pelo Ministério da Saúde e pela SMS, é o aleitamento exclusivo até o 6º mês e, após, sua continuidade com alimentação complementar até os 2 anos ou mais, se mãe e criança desejarem.

Pontos de Afeto
Para estimular a amamentação também nos prédios da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Gestão (SEGES) criou o projeto “Pontos de Afeto”, que oferece salas adequadas e privativas para extração e armazenamento de leite às servidoras no retorno da licença-maternidade. A ação integra o Plano Municipal pela Primeira Infância 2018-2030.

Foram implantadas dez salas em locais como as secretarias da Saúde, Fazenda, Educação, Subprefeituras de São Mateus e Aricanduva, entre outros. A Prefeitura trabalha para expandir o projeto como referência a outras salas públicas de apoio à amamentação.

Iniciativas nas regiões
Neste mês também será realizado o 7º Mamaço, inspirado em ação iniciada na França. O evento acontecerá neste sábado (2), no piscinão do Parque do Carmo, a partir das 9h.

“Este movimento reforça o direito da mãe de amamentar onde quiser”, afirma Edjane Araújo, assessora técnica da saúde da mulher e aleitamento materno da Coordenadoria Regional de Saúde Leste.

A dentista e trabalhadora da saúde, Luciana de Paula Morais, participou de duas edições do Mamaço e considera a iniciativa muito importante, pois favorece as trocas de experiências.

“Quando a fase do gestar e maternar ocorre com acolhimento, troca e orientação profissional, a tomada de decisões é baseada no conhecimento”, afirma.