Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Prefeitura de São Paulo entrega Prêmio Luiza Mahin para sete mulheres pretas de destaque
A Prefeitura de São Paulo por intermédio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), entregou nesta segunda-feira, 28 de julho, o Prêmio Luiza Mahin para sete mulheres pretas que se destacaram na luta por direitos, igualdade e justiça social.
Elas foram indicadas por entidades do movimento negro e organizações da sociedade civil, comprometidas com a promoção da igualdade racial.
A cerimônia do prêmio foi organizada pela Secretaria Executiva e pela Coordenação de Promoção da Igualdade Racial, vinculadas à SMDHC.
As premiadas que receberam a honraria na Galeria Olido são:
- Andreia Pires, fundadora e idealizadora do projeto Trançando Raízes,
- Andrea Souza, patrona da cadeira de número 46 da Academia Brasileira de Contadores de História
- Maria Paulina Avelino Marques, Vó Tu, fundadora do Instituto Ações Sociais Vó Tu
- Miriam Carla Barbosa, líder comunitária e articuladora cultural da Biblioteca Comunitária Kilombo Favela das Verdes
- Cleonice Dias Pereira, pedagoga, publicitária e gestora cultural
- Juliana Ignácio Balduino Kambandô, líder comunitária, pesquisadora e fundadora do Instituto Esperança Garcia
- Francisca Rodrigues Pereira ou Chica Rodrigues, jornalista e uma das fundadoras da Universidade Zumbi dos Palmares.
Conheça mais sobre o trabalho das premiadas
A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Regina Santana, falou sobre a importância da iniciativa. “Essa premiação, que tem várias edições, o Prêmio Luiza Mahin, torna possível premiar todos os anos sete mulheres incríveis que, com muita luta, muito suor e garra, se superaram e demonstraram o que é possível conquistar- porque ser mulher preta, na cidade de São Paulo, estado e no nosso Brasil não é fácil "..
Quem foi Luiza Mahin
Luíza Mahin chegou ao Brasil como escravizada no século XIX. Figura histórica e símbolo da resistência negra e da luta contra a escravidão, é a ela atribuída liderança em importantes levantes ocorridos na Bahia nas primeiras décadas daquele século. Segundo relatos de Luiz Gama — Luíza Mahin seria mãe do jornalista, escritor e um dos nomes do movimento abolicionista.
Criado em homenagem a essa importante personagem da história brasileira, o prêmio reconhece, anualmente, sete mulheres negras que se destacam em diferentes áreas de atuação, como cultura, educação, direitos humanos, combate à discriminação e promoção da inclusão social.
A data de entrega da honraria reforça seu simbolismo por ocorrer próxima ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, ambos celebrados em 25 de julho. A data é um marco de resistência e visibilidade das mulheres negras nas Américas, e homenageia figuras históricas como Tereza de Benguela — líder quilombola que enfrentou o regime escravocrata no século XVIII — e a própria Luíza Mahin, representações da coragem, força e legado de luta das mulheres negras.
“Um reconhecimento desse tamanho é extremamente importante, não apenas pelo prêmio em si, mas porque ele reflete mudanças efetivas na sociedade. Premiar outras mulheres significa dar continuidade à luta de Luíza Mahin, e é um orgulho fazer parte disso”, afirma Adriana Vasconcellos, vencedora da edição de 2022 e atual coordenadora de Promoção da Igualdade Racial da SMDHC.
Confira as premiadas dos anos anteriores:
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