
Vivência • Presencial
Roda Aberta de Dança Circular: Gota Sou, Rio Somos
Data: 04/02/2026 a 09/12/2026. Quarta-feira.
Horário: 09:30 às 11:00.
Para esta atividade, não é necessário realizar inscrição prévia. Você pode participar livremente, basta comparecer no local e horário programados.
Descrição
GOTA SOU, RIO SOMOS.
Por Estela Gomes
Gota pequena, cada uma de nós, transparente e silenciosa. Primeira memória de vida, suor que escorre pelo corpo, lágrima que brota dos nossos olhos, orvalho que brilha na flor como um diamante. Gota de chuva que acorda a semente. Gota que carrega memórias e histórias.
No encontro em círculo gotas juntas fluem, dançam, ganham movimento e direção. Formamos um rio, um corpo vivo em constante mudança. Entre passos, movimentos e gestos da Dança Circular vamos compondo o fluxo e as margens dos valores da Cultura de Paz: respeito, inclusão, cooperação, união, harmonia e amor.
O mesmo rio da vida que corre pelas minhas veias noite e dia, corre pelo mundo e dança em ritmos pulsantes. (Rabindranath Tagore)
Um rio é força vital, casa, nome, viagem, memória, história...
Thich Nhat Hanh no texto “O Rio” conta a história de um rio que, ao observar as nuvens, o céu e o vento, descobre que tudo o que vê do lado de fora também existe dentro de si. O rio sofre quando tenta possuir as nuvens, até perceber que ele e as nuvens são feitos da mesma substância, a água. Essa realização o liberta, ele entende a interdependência profunda entre todas as coisas.
Assim como o rio descobre que é água e que é feito da mesma essência das nuvens, nós, como indivíduos, também somos gotas que carregam tudo o que existe. Reconhecer isso é perceber nossa própria natureza fluida, viva, impermanente e interconectada.
Quando a gota cai no oceano, o oceano entra na gota. (Mestre Eckhart)
Na Dança Circular, cada pessoa é uma gota, com um movimento único, um brilho próprio, uma energia particular. Mas, ao entrar na roda, essa gota se reconhece parte de algo maior. O rio do texto só se torna rio porque se encontra com outras águas: chuvas, nascentes, córregos, riachos. O rio é uma soma de encontros.
Cada gesto individual na roda encontra também o gesto do outro e forma uma mandala coletiva em fluxo coletivo. O círculo é caminho para a totalidade, transformando muitos, em um. É a experiência viva de que sozinhos somos gotas; juntos, somos rio.
Thich Nhat Hanh compartilha que tudo o que existe, existe em relação. O rio não está separado da nuvem, nem da chuva, assim como nós não estamos separados do mundo, das pessoas, da natureza, da água dentro e fora do corpo.
A Dança Circular manifesta essa sabedoria, quando damos as mãos, percebemos que o movimento de um, influencia o movimento de todos. Cada figura que fazemos na dança é uma onda que se expande. A dança se torna uma prática viva de interser.
No final da história, o rio descobre que a paz está nele mesmo e sente que finalmente chegou em casa. A Dança Circular é um espaço de retorno ao lar da nossa alma. Onde cada um pode reencontrar seu ritmo, fluidez e capacidade de conexão com a natureza que é.
Ao dançar GOTA SOU, RIO SOMOS, celebramos a cada semana a jornada de volta ao essencial - um retorno a nós mesmos e ao grande rio da vida.
Conectados também ao ODS 6 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) - Água Potável e Saneamento que tem como objetivo garantir disponibilidade e gestão sustentável da água e do saneamento para todos, colocamos a água no centro da vida como parte essencial de nossa identidade humana, do nosso corpo, das emoções e da existência. O ODS 6 reconhece que para a preservação da água não basta uma ação individual, mas faz-se necessária a responsabilidade coletiva. A arte desperta a sensibilidade, o pertencimento, a conexão e responsabilidade em relação ao tema.
O ODS 6 nos chama a proteger as águas do planeta. O tema GOTA SOU, RIO SOMOS nos lembra que somos essas águas. Quando dançamos a água, despertamos o cuidado. Quando dançamos juntos, nos tornamos rio. E quando um rio desperta, nutre muitos seres e a terra pode florescer.
Que cada encontro em nossa roda aberta nos convide a sermos água, dançarmos com a Mãe Terra, escutarmos o silêncio da Fonte, fluirmos com seu ritmo, contornarmos obstáculos e sermos firmeza no cuidado com a vida.
Objetivo
Tem como objetivo a conexão e integração entre os participantes, o fortalecimento do sentimento de pertencimento e a conexão com a natureza. Além de seus aspectos culturais e espirituais, a Dança Circular também é utilizada como ferramenta terapêutica, educativa e de autoconhecimento, promovendo bem-estar físico, mental, emocional e social.
Metodologia
Metodologia: Trabalha a convivência harmoniosa, atenção plena no presente, percepção corporal, cooperação, respeito, diversidade, acolhimento, além de sensibilizar para as questões socioambientais.
Bibliografia
Hanh, T. N. Paz é cada passo. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2019
Vaicenaviciené, M. O que é um rio? São Paulo, Editora WMF Martins Fontes, 2023.
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/6
Conteúdo programático
Coordenação
Débora Pontalti Marcondes
Facilitação
Estela Gomes
Fonoaudióloga, Focalizadora de Danças Circulares, Coordenadora do Programa Metodologias Integrativas da UMAPAZ. Especialização em Educação em Saúde Pública e Antropologia da Saúde. Designer em sustentabilidade pelo Programa Gaia Education. Certificada pela Academy of Movement & Awareness de Nanni Kloke e Membro da REDE Harmony Internacional. Membro certificada do CID – Conselho Internacional de Dança.
Angelina Eberlein
Professora de Educação Infantil aposentada. Focalizadora de Dança Circular Sagrada, parceira e focalizadora voluntária na roda aberta e cursos Primeiros Passos da UMAPAZ desde 2011. Integrante do Grupo de Estudos de Dança Circular da UMAPAZ.
Eva Ferri
Fonoaudióloga aposentada. Focalizadora de Dança Circular Sagrada no Parque Severo Gomes e no Parque Ibirapuera. Focalizadora voluntária na roda aberta da UMAPAZ. Integrante do Grupo de Estudos de Dança Circular da UMAPAZ.
Maria Lúcia Pereira de Souza
Pedagoga, com pós-graduação em Psicopedagogia, aposentada na Rede Pública onde atuou como professora, coordenadora pedagógica e vice-diretora. Aluna do curso de pós-graduação em Neurociência, Espiritualidade e Psicologia Positiva da Unipaz de Goiás. Focalizadora de Danças Circulares Sagradas desde 2005, com formação e aprofundamento com Renata Ramos e Cristiana Menezes, além de diversos workshops com focalizadores nacionais e internacionais e cursos da UMAPAZ. Voluntária da Roda do Parque do Ibirapuera de 2012 a 2018 e da Roda aberta da UMAPAZ de 2015 a 2018. Moradora de Gonçalves - MG, atuando como focalizadora de Danças Circulares pelo Centro de Convivência Gonçalves em Rede, desde 2022 e integrante do Grupo de Estudos de Dança Circular da UMAPAZ desde 2015.
Marilene Andrade Laluna
Professora do Ensino Fundamental I aposentada. Focalizadora de Dança Circular Sagrada pela UMAPAZ com Estela Gomes, Teoria e Prática no Ensino das Danças Circulares com Cristiana Menezes, participa de diversos workshops nacionais e internacionais. Atua com Focalizadora voluntária na Funsai (Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga) desde 2013 e no Parque da Aclimação desde 2023. Integrante do Grupo de Estudos da UMAPAZ, focaliza de forma eventual/voluntária.
Patricia Resende Lilla
Publicitária graduada pela Faculdade Cásper Líbero, se encantou pelas Danças Circulares quando no Parque Ibirapuera e em seguida no Trianon, deu as mãos numa roda e dançou. Focalizadora de Dança Circular Sagrada, fez formação com Renata Ramos, Estela Gomes na UMAPAZ, cursos com Cristiana Menezes, Danças dos Florais de Bach com Estela Gomes e Estela Guidi e outros cursos com vários focalizadores brasileiros e internacionais. Focaliza desde 2018. No início de 2024 começou a focalizar quinzenalmente na roda do Parque da Aclimação. Integrante do Grupo de Estudos de Dança Circular da UMAPAZ.
Rafaella de Castro Fusaro
Arte-educadora, Focalizadora de Danças Circulares Sagradas e Psicóloga. Integrante do Grupo de Estudos de Dança Circular da UMAPAZ, coordenado por Estela Gomes. Focalizadora voluntária na roda aberta da UMAPAZ. Integrou o Grupo de Pesquisa em Dança: Estética e Educação na UNESP (GPDEE), dentro do Programa de Pós-graduação em Artes, no Instituto de Artes, sob coordenação de Kathya Godoy, de 2009 a 2010. Trabalhou em instituições culturais do estado de São Paulo: SESC - SP, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Casas de Cultura do Estado de São Paulo, entre 2002 e 2023. Fundadora da empresa Serena: Arte e Saúde Integral.
Regina Coeli Baldin Saponara
Professora de Inglês aposentada. No movimento de Danças Circulares desde 2008, participou de vários cursos e oficinas oferecidos pela UMAPAZ e outras instituições. Fez formação em Danças dos Florais de Bach com Estela Guidi e Estela Gomes e Teoria e Prática no Ensino das Danças Circulares com Cristiana Menezes. Focalizadora voluntária na roda aberta de DCS na UMAPAZ, também conduziu danças em diversos espaços (Escolas, Ongs e Casas de Apoio) e no Grupo da Terceira Idade da Paróquia N.S. da Saúde no período de 2019 a 2021. Integrante do Grupo de Estudos de Dança Circular da UMAPAZ.
Romilda Aparecida Baldin Camargo.
Farmacêutica Bioquímica aposentada da Secretaria Municipal da Saúde. Focalizadora voluntária na roda aberta de DCS na UMAPAZ e integrante do Grupo de Estudos de Dança Circular da UMAPAZ. Focalizadora de DCS no Grupo da Terceira Idade da Paróquia N.S. da Saúde no período de 2019 a 2021.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


















Sobre
Público: Aberto para todos
Vagas: Livre.
Endereço: Av. Quarto Centenário, 1268 - UMAPAZ.
Para esta atividade, não é necessário realizar inscrição prévia. Você pode participar livremente, basta comparecer no local e horário programados.
